Finalmente

No último debate pela televisão entre os candidatos a Prefeitura Municipal de Belém Arnaldo Jordy - quæ  sera tamen - resolveu mostrar para todos, candidatos e eleitores, a mãe de todos os problemas da cidade: a baixa receita pública per capita.
Como vinha alertando aqui, os candidatos a Prefeito de Belém - passados, presentes e futuros - foram e são, na verdade, candidatos à mágico ou a deus das finanças públicas.
Só com mágica ou milagre  seria possível fazer alguma coisa com R$2,04 por dia per capita de receita pública municipal (incluindo tudo, empréstimos e transferências, voluntárias inclusive). 
Só acreditando em duende dá para acreditar que com esses poucos caraminguás vai ser possível entregar a cada morador da cidade, a cada dia do ano, saúde (de primeiro mundo), saneamento, educação (integral e impecável),  coleta de lixo, iluminação pública, lazer, cultura, sistema viário (impecável), transporte público (de qualidade) e, se não fosse muito isso tudo, segurança pública. Ah, sim, e bolsa-trabalho para os desempregados da cidade, que não são poucos.
Como diria Jack (o Palance):
- Acredite, se quiser.

Comentários

Anônimo disse…
Prezado amigo Alencar:
Permita-me um comentário.
"Mutatis mutandis", a baixa – ou alta - receita pública per capita, sozinha, não diz tudo. Isto ocorre com todas as varáveis econômicas. É a questão da análise "ceteris paribus". Nesses estudos é melhor até mal acompanhado do que só.
Para você ter idéia do que representam esses índices, isoladamente, veja só:
O município brasileiro de maior renda “per capita” chama-se Cascalho Rico, em Minas Geras. Acho que o nome diz tudo.
Dos municípios paraenses, Canaã dos Carajás está na 48ª posição no ranking; Barcarena em 71º e Parauapebas em 114º.
São Paulo, mesmo sem dormir, é o 155º colocado.
Belém ocupa o 1.712º lugar, do total de 5.564 municípios brasileiros.
O “modus faciendi” nessas análises pede muita cautela e caldo de galinha, pois, quem não é da área fica facilmente induzida a erros.
Assim que puder, vou escrever um artigo sobre este assunto.
Fonte dos dados: Secretaria do Tesouro Nacional (STN/MF)
http://www.tesouro.fazenda.gov.br
Um grande abraço
Marcos Klautau
Anônimo disse…
Prezado amigo Alencar:
Permita-me um comentário.
"Mutatis mutandis", a baixa – ou alta - receita pública per capita, sozinha, não diz tudo. Isto ocorre com todas as varáveis econômicas. É a questão da análise "ceteris paribus". Nesses estudos é melhor até mal acompanhado do que só.
Para você ter idéia do que representam esses índices, isoladamente, veja só:
O município brasileiro de maior renda “per capita” chama-se Cascalho Rico, em Minas Geras. Acho que o nome diz tudo.
Dos municípios paraenses, Canaã dos Carajás está na 48ª posição no ranking; Barcarena em 71º e Parauapebas em 114º.
São Paulo, mesmo sem dormir, é o 155º colocado.
Belém ocupa o 1.712º lugar, do total de 5.564 municípios brasileiros.
O “modus faciendi” nessas análises pede muita cautela e caldo de galinha, pois, quem não é da área fica facilmente induzida a erros.
Assim que puder, vou escrever um artigo sobre este assunto.
Fonte dos dados: Secretaria do Tesouro Nacional (STN/MF)
http://www.tesouro.fazenda.gov.br
Um grande abraço
Marcos Klautau

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