PAC: Fé Cega, Faca Amolada

Foi lançado ontem o PAC, para turbinar o crescimento econômico do Brasil.
Quem faz plano, nele tem fé cega. Quem já fez, sabe disso.
Quem não faz, amola a faca e faz dele picadinho.
César Maia acaba de fazer picadinho de PAC no seu ex-Blog.
Entre outras tantas, embaralha as letras e diz ser ele o Plano do Conselheiro Acácio - PCA.
Para não vestir a carapuça de porta-voz do óbvio, atirada pelo Presidente da República no lançamento, diz ele que óbvio é o PAC.
Sem assinar embaixo de nenhum dos dois - do PAC e do picadinho - homenageio ambos, oferecendo-lhes - como nas festas de aparelhagem - a composição inesquecível de Milton Nascimento e Fernando Brant.
Fé cega, faca amolada


Agora não pergunto mais aonde vai a estrada
Agora não espero mais aquela madrugada
Vai ser, vai ser, vai ter que ser, vai ser faca amolada
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranquilo
Deixar o seu amor crescer e ser muito tranquilo
Brilhar, brilhar, acontecer.
Brilhar faca amolada
Irmão, irmã, irmã, irmão de fé, faca amolada
Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia
Beber o vinho e renascer na luz de todo dia
A fé, a fé, paixão e fé
A fé, faca amolada
O chão, o chão, o sal da terra
O chão, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar no pão de cada dia
Deixar o seu amor crescer na luz de todo dia
Vai ser, vai ser, vai ter que ser, vai ser muito tranquilo
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada

Comentários

Anônimo disse…
Caro Alencar:
Talvez o que cegue não seja o brilho da fé, mas o excessivo individualismo de nossos "salvadores da pátria", suas prepotências e arrogâncias. Sem comparar, apenas como analogia: Collor quis abater com um tiro o tigre da inflação. Lula quer acabar com a pobreza com o dinheiro dos outros, dar emprego tirando dali para suprir aqui.
Política paroquial não resolve nunca. É o que penso, como diriam os doutos, S.M.J.
Abraços e parabéns pelo brilhante espaço de debate e cidadania.
Ah! se puder visite-me em http://literacao.blog.terra.com.br.
JOSE MARIA disse…
Obrigado pelo comentário, conterrâneo.

Já sou frequentador do LITERAÇÃO, que está devidamente lançado no meu rol de favoritos.
Anônimo disse…
Certa vez alguém me disse que, deixar o FGTS parado é o mesmo que jogar dinheiro fora.

Assim que sai da CELPA, saquei o FGTS e tratei de construir meu presente: o escritório.

Não sou contra o uso do FGTS, como prevê o PAC, até porque, pelo que entendi, trata-se apenas do líquido, ou seja, rendimento do fundão.

Aquele mesmo entendimento para o FGTS próprio, acho que vale para o FGTS público. Parado lá, não gera nada!

Ah, mas o que me irrita mesmo sáo siglas! É PAC, PLOC, BASA, BB, TRT, TCC, tudo mínimo, tudo reduzido para o desespero da plebe, que fica perdida e, consequentemente, se desinteressa.

Como diria o meu velho: Esta plebe, rude e ignara!
JOSE MARIA disse…
Vá mandando, Lafayette.

O problema não é de maior ou menor risco, mas de confiança, de credibilidade. As centrais sindicais sentiram o calo pisado, pois no passado o dinheirinho da Previdência Social - que também não rendia nada - foi torrado em obras de infra-estrutura e até para a compra de petróleo.
Os trabalhadores, titulares legítimos desses créditos, viram os fundos previdenciários virar pó e pó continuam até hoje.
Parte da crise da previdência se explica aí.
Anônimo disse…
Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia
Beber o vinho e renascer na luz de todo dia
Este me parece o maior desafio: plantar e refazer, bebeer e renascer. Penso que a resposta se da ao final de cada dia, e se atualiza sempre. Amei a pagina, Paula
JOSE MARIA disse…
Paula, querida.

Fico feliz por você ter gostado.

Acho que ele - você sabe quem - iria gostar também.

Acho que você fala por ele.

Abraços.

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