Briga de Cachorros Grandes

Vejam que interessante.
A julgar pela briga de cachorro grande que a Vale trava com a Glencore na disputa pela Xstrata, informações estratégicas valem mais que minério de ferro.
Pelo menos essa é a impressão que fica depois de ler a notícia abaixo, distribuída ontem pela Reuters, que menciona uma fonte londrina, bem protegida pelo off.
Assim, é de dar razão para Lúcio Flávio Pinto: a Vale está se tornando cada vez mais uma paper company que também mexe com mineração e transporte.
E o Estado do Pará, que pouco ganha com a mineração, perde tudo - e mais alguma coisa - com a desinformação.
Segue a notícia.


Glencore e Vale lutam por ganhos em acordo por Xstrata

A Vale e a trading de commodities Glencore terão enormes ganhos se conseguirem resolver a disputa por direitos de comercialização, impasse que trava as negociações para a aquisição da Xstrata pela mineradora brasileira.

Informações importantes que consistem em acordos e ao mercado de commodities são o segredo do sucesso da Glencore, que deve manter a pressão para ampliar os direitos nas negociações numa eventual compra da Xstrata pela Vale por cerca de US$ 90 bilhões.

A Vale afirmou que as negociações chegaram a um impasse devido às exigências da Glencore, maior acionista da Xstrata, sobre os direitos de comercialização dos produtos da empresa final.

"Para a Glencore, é disso que se trata o acordo (de aquisição), os direitos de comercialização são tão valiosos para eles porque com base nisso eles conseguem informações", disse um gerente de um hedge fund em Londres que pediu para não ser identificado.

"As opções que eles podem conseguir com a combinação com a Vale é enorme".

As três partes teriam concordado com um preço de cerca de £ 45 por ação pela Xstrata, que tem base na Suíça e é listada em Londres, e com a estrutura do acordo com pouco mais de 50% em ações e o resto em dinheiro, disseram na quinta-feira fontes conhecedoras da situação.

De acordo com as fontes, as partes, ainda divididas sobre a questão dos direitos de comercialização, deram um tempo nas negociações para avaliar suas posições.

Fonte: Reuters
06/03/2008

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