De Burgos, a de El Cid

Chegamos a Burgos, a cidade de El Cid. Antecipamos um pouco a caminhada ontem e pernoitamos em Atapuerca, pequena e agradável cidade na Sierra de mesmo nome, onde foi encontrado o fóssil do Homo Antecessor, que pode-se dizer ser o elo encontrado que faltava para completar a cadeia do homem ibérico. É o nosso elo encontrado, ibéricos que somos, em parte. Preferimos nao pernoitar em San Juan de Ortega, porque o albergue de Atapuerca é melhor. Em San Juan de Ortega - o Padroeiro dos Engenheiros e Primeiro Companheiro deles, conforme placas do Colégio que li ontem no Monatério (ele foi o principal parceiro de Santo Domingo na construçao de pontes e estradas do Caminho) - visitamos um belo Monastério que foi construído a mando de Isabel, a Católica, que visitou o lugar em peregrinaçao e em busca de um milagre: a cura de sua infertilidade. Uma decisao da Igreja selou a sorte do lugar: transferiu o bispado para Burgos. Deu no que deu. Hoje San Juan de Ortega se resume ao Monastério e ao casario adjacente e Burgos é a grande capital provincial. Acabei de contornar a Catedral gótica, de clara inspiraçao francesa. Está sendo restaurada. Vi só por fora. É uma maravilha. O casco histórico de burgos está ótimo. Revitalizado e cheio de restaurantes, bares de tapa e de copa. O sol está ótimo para caminhar. Mas temos que preparar o dia de amanha, que vai ser duro, até Hontanas. Se der tempo, vou visitar agora a parte interna da Catedra. Para nao variar, aqui também tudo fecha para a siesta. Os espanhóis trabalham e descansam o quanto podem, no que fazem bem. Muito bem. Nao venderam a alma espanhola ao diabo do estresse. Siesta é com eles mesmo. Continuo devendo a lenda do galo e da galinha de Santo Domingo.