Água na Boca
CONFERÊNCIA Ignacy Sachs analisa a transição para a era das biocivilizações |
"Estamos no início da saída gradual da era do petróleo. Essa mudança é motivada pela necessidade de mitigar as mudanças climáticas e facilitada pela eminência do pico do preço do petróleo." A afirmação é do economista e sociólogo Ignacy Sachs, professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, França, e pesquisador visitante do IEA. No dia 10 de dezembro, às 10h, no IEA, Sachs tratará dessa questão na conferência "A Grande Transição — As Biocivilizações do Futuro". Sachs considera esta a terceira grande transição na longa história da co-evolução da espécie humana com a biosfera, depois da revolução neolítica há 12 mil anos, marcada pela domesticação de vegetais e animas, e da era das energias fósseis, iniciada há três séculos. "Convém buscar soluções simultâneas à ameaça de mudanças climáticas deletérias e possivelmente irreversíveis, ao avanço das desigualdades sociais e ao déficit crônico e grave de oportunidades de trabalho decente", alerta o economista. Para que a humanidade tenha êxito na busca dessas soluções, "devemos examinar até onde podemos avançar na construção de biocivilizações modernas, baseadas na captação de energia solar pela fotossíntese e no uso múltiplo de biomassas como alimento humano, ração animal, adubo verde, bioenergias, materiais de construção, fármacos e cosméticos". Segundo Sachs, as vantagens comparativas naturais dos países tropicais devem ser potencializadas pela pesquisa e pela organização social apropriada do processo produtivo: "A pesquisa deve explorar o trinômio biodiversidade—biomassas— Em 2006/2007, Sachs coordenou o ciclo temático "Civilização da Biomassa"; os vídeos dos encontros A GRANDE TRANSIÇÃO — AS BIOCIVILIZAÇÕES DO FUTURO |
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