Educação, Ciência e Tecnologia: as contribuições de Alex Fiúza

O Reitor da Universidade Federal do Pará, Professor Alex Fiúza de Mello, publicou dias atrás no jornal DIÁRIO DO PARÁ suas contribuições para uma política de Educação, Ciência e Tecnologia.
Vale a pena ler, repercutir e debater suas propostas, oportunas neste início de ano e de Governo.
Educação é um dos fatores que impulsionam - ou fazem regredir - o desenvolvimento humano.
Resumindo, Alex Fiúza propõe cinco eixos para essas políticas: maior qualidade do ensino básico, desenvolvimento do ensino técnico e tecnológico, política mais arrojada em ciência e tecnologia (C & T), infra-estrutura de suporte para todas essas ações e constituição de um Fórum de Desenvolvimento.
E arremata observando que a infra-estrutura material é condição para uma ação sistêmica permanente e progressiva de qualidade, enquanto o Fórum de Desenvolvimento é a condição da infra-estrutura mental e política para o mesmo fim.
Alex Fiúza tem expertise e autoridade intelectual para fazer essas proposições, que merecem ser consideradas, debatidas e postas em prática. A idéia do Fórum, por exemplo, bem que poderia vingar junto - e se possível dentro - do novo IDESP.
O novo Governo do Pará promete uma política mais arrojada de C & T, tal como propõe Alex Fiúza. Tomara que assim seja.
Talvez fosse bom pensar em incentivar as inovações tecnológicas nas empresas, algo como devolução parcial do acréscimo na arredação de ICMS resultante dessa inovação, até um certo limite do investimento feito pela empresa em C & T.

Comentários

Anônimo disse…
Parabéns, caro Dr. José Alencar, pela iniciativa do democrático blog. Conhecendo-o como um dos poucos democratas do nosso Judiciário, gostaria de saber de sua opinião sobre os eternos recursos protelatórios que emperram nossa Justiça, particularmente a do Trabalho.
Abraços.
Anônimo disse…
Boa noite,
Gostaria de contrapor outras impressões sobre este reitor, principalmente sobre o papel dele dificultando o acesso das pessoas de baixa renda à UFPA através de um processo seletivo desgastante e caro para a maioria dos estudantes de escola públicas, mas uma vez a prática mostra quem é quem sobrepondo as intenções
Itajaí disse…
Não li infelizmente a matéria do Reitor da UFPA. Contudo, a questão de Ciência e Tecnologia no Pará se constitui num dos maiores passivos recebidos pelo atual governo do Estado.
É absolutamente necessário que se convoque uma Conferência Estadual sobre o assunto para que se definam as prioridades (hoje praticamente inexistentes) e se estabeleça a agenda executiva para os próximos quatro anos.
Anônimo disse…
Prezado Alencar,
Escrevo por outros motivos, menos para opinar sobre o texto, mas para te dizer do imenso prazer de te reencontrar depois de mais de duas décadas. Acompanhei de todo modo a tua tão brilhante carreira até chegares à magistratura na Justiça do Trabalho.Tenho certeza que continuas tão brilhante quando aluno eras e eu, aluno ainda também, era monitor de Filosofia na UFPA.
Grande abraço,
JOSE MARIA disse…
Meu caro Garcia.

Obrigado pelo comentário e pela oportunidade do reencontro, ainda que virtual.
Os recursos protelatórios constituem uma das mais baixas práticas forenses lamentavelmente ainda vigentes no país. No mais das vezes praticadas pelo próprio Estado e por grandes empresas
Felizmente - e lentamente - as coisas começam a mudar.
Alguns bancos, useiros e vezeiros nesa prática, já começam a desistir de milhares desses recurssos, para melhorar a imagem e economizar algum dinheirinho. O INSS e a Caixa Econômica também estão no mesmo caminho.
Na outra ponto, a legislação processual começa a ser modificada, lenta e gradualmente.
A tendência aparenta ser de reversão do quadro. Sempre muito lentamente.
JOSE MARIA disse…
Muito obrigado pela leitura e pelas impressões contrapostas, meu caro anônimo.

Não é o Reitor que dificulta o acesso das pessoas de baixa renda à UFPA, mas sim a própria pobreza, a desigualdade, a injustiça social.

Ao Reitor compete apenas administrar a parte que lhe cabe nesse vale de lágrimas - e, pelo menos é a impressão que tenho, vem fazendo bem - e desse trabalho resultará, se bem sucedido, sua contribuição para a redução da pobreza, da desigualdade e da injustiça social.

Não é certo que essa gratuidade resolvesse o problema da pobreza, mas é certo que agravaria os problemas da UFPA, que teria de retirar recursos de seu orçamento para financiar o Vestibular. Lúcio Flávio demonstrou isso muito bem no Jornal Pessoal.

O Reitor enfrentou bem o problema na mídia e na Justiça, que lhe deu razão.

Como dizia Pareto (salvo engano): não existe almoço grátis.

Nem Vestibular,caro Anônimo.
JOSE MARIA disse…
Obrigado pela leitura e pelo comentário, meu caro Oliver.

Vida longa para você, seus companheiros e para o Blog Flanar.
JOSE MARIA disse…
Meu caro Ernani.

Fico feliz com sua leitura, com seus comentários e com sua lembrança.

Não o perdi de vista também e acompanhei, de longe, sua vitoriosa carreira acadêmica.

Sucesso e felicidade, hoje e sempre.

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