O Renascimento do IDESP

Terminou por volta das dez horas da noite de ontem ato de instalação do Comitê que se encarregará da função de elaborar o projeto de criação do Instituto de Desenvolvimento do Pará. IDEPA é a sigla provisória desse IDESP renascido.
O ato, presidido pela Governadora Ana Júlia, foi carregado de simbolismo e emoção.
Aconteceu no Auditório do velho IDESP, lotado.
Presentes quase todo o secretariado, o primeiro Diretor do IDESP (o argentino José Roberto, que fez questão de cumprimentar a Governadora ao final), o último Diretor do IDESP (Afonso Chermont) e pessoas emblemáticas como o jornalista Lúcio Fávio Pinto e a socióloga Edna Castro, Coordenadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos - NAEA.
Lúcio Flávio reivindicou que fosse mantida a sigla IDESP, qualquer que venha a ser a denominação do novo instituto. Como o ato não tinha natureza deliberativa, nada foi decidido, mas a reivindicação foi apoiada por outros e o clima pareceu favorável.
Faz sentido.
O novo instituto deve mesmo guardar clara relação com o antigo, o que é afirmado na convocatória - eletrônica, como convém nestes tempos - para o ato:
O governo Ana Júlia considera que a extinção do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Pará, em 1999, gerou um vazio importante e, efetivamente, um atraso na elaboração de estratégias e políticas públicas. O Instituto a ser criado visa a preencher essa lacuna. Sua criação não se deve a um ato meramente saudosista, mas a uma necessidade real e concreta de contar com uma percepção científica, exata, da realidade sócio-econômica, cultural e ambiental do nosso estado. Nesse sentido, o Instituto não reproduzirá, simplesmente, a estrutura do extinto Idesp. Sua estrutura, a ser pensada pelo Comitê, procurará atender a uma expectativa contemporânea e reproduzir uma lógica centrada em princípios de agilidade, seriedade e competência.
Não se trata, portanto, de recriar o IDESP e sim de criar algo novo que em alguma medida tem como referência a trajetória daquele importante instituto, o qual foi extinto por uma demonstração vulgar do autoritarismo que caracterizou a administração passada, sempre incomodada com uma instância relativamente autônoma que insistia em não fazer coro ao discurso oficial.
Ao final do ato o Secretário de Governo divulgou o site e o endreço eletrônico do novo instituto, pedindo que os interessados em contribuir nele se cadastrem. O link está aí do lado direito (Novo IDESP).
Vida longa para o novo IDESP.

Comentários

Anônimo disse…
Taí uma notícia alvissareira. Esperemos que a implantação do redivivo Instituto seja breve, como convém às necessidades do Pará.
A respeito do assunto, o Lauande, no seu blog, postou o seguinte:
"Ontem encontrei no lançamento novo Instituto de Desenvolvimento para o Estado do Pará, batizado, provisoriamente, de Instituto de Desenvolvimento do Pará (Idepa), meus amigos José Maria Quadros de Alencar e Socorro Gomes. Os dois tabularam algumas idéias interessantes para os direitos humanos com a possível participação da ONU e da Comissão Internacional de Direitos Humanos. Brevemente vem aí boas novas ações nessa área aqui no Pará."
Provoquei o Lauande a divulgar essas idéias, para debate público. Faço o mesmo a você, agora, aproveitando o seu blog.
JOSE MARIA disse…
Meu caro Francisco.

Agradeço os comentários.

Aceito a sugestão. Vou fazer uma, digamos, provocação específica.
Desculpe este comentário que nada tem a ver com a de fato alvissareira notícia de ressuscitar o IDESP.
É apenas para agradecer o link ao Flanar.
Estaremos retribuindo com prazer a gentileza.
Abraços

Carlos Barretto
Flanar
JOSE MARIA disse…
De nada, meu caro Carlos Barreto.
Anônimo disse…
caro Alencar,
Recriar o Idesp é sobretudo um ato de coragem da nova governadora para resgatar a memória do Estado do Pará. Espero que o Idesp ou Idepa tem realmente uma função definida, função essa que vou destruída pelo déspota do Almir.
Edson Gillet Brasil - jornalista
Anônimo disse…
caro Alencar.
onde se lê : tem
leia-se: tenha
edson gillet
JOSE MARIA disse…
Meu caro Gillet.

Obrigado pela leitura e pelo comentário. Afiadíssimo.

Espero - esperamos todos - que assim seja e voltemos a ter um tanque pensante como foi o IDESP.

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