O Rio de Janeiro Está Melhor

O Rio de Janeiro altera ciclos de melhorias e recaídas.
Quando Cesar Maia era novidade o Rio melhorou. Quando ele optou pelo carreirismo e fez as concessões necessárias para reeleger-se, pioraram os dois (ele e o Rio). No confronto dele consigo próprio, o segundo mandato foi pior que o primeiro (estigma que persegue os políticos desde que Perón foi derrotado pelo seu próprio mito).
Agora é a vez de Paes melhorar o Rio. Se for apenas para piorar mais adiante, são outros quinhentos.
Certo é que uma conspiração a favor do Rio de Janeiro melhorou a cidade visivelmente (há um alinhamento dos astros federais, estaduais e municipais). Nada que garanta um sucesso retumbante na Copa do Mundo ou nas Olimpíadas, mas o que já se percebe dá pelo menos para o gasto.
Uma mudança impensável até poucos dias atrás era criar um corredor duplo exclusivo para ônibus, começando pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Claro que Belém fez isso por primeiro, na Avenida Almirante Barroso. Digamos que o Rio de Janeiro copiou Belém. A diferença vai ser simples de constatar no futuro, pois o corredor exclusivo de Belém foi um factóide e o do Rio de Janeiro tem tudo para não ser.
Ontem garotas simpáticas distribuíam folhetos nas paradas da Nossa Senhora de Copacabana explicando a novidade. A sinalização horizontal estava sendo respeitada pelos motoristas (táxis com passageiros podem usar a faixa exclusiva, como já acontece em São Paulo).
É um bom começo, mas ainda tem muito chão para percorrer até a Copa do Mundo e até as Olimpíadas.
Belém não precisa se preocupar, pois não sediará jogos da Copa do Mundo e muito menos das Olimpíadas. Continuaremos vencendo o campeonato mundial de caos urbano.

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