De Santo Domingo de La Calzada

Estou em Santo Domingo de La Calzada, onde la gallina cantó mismo después de asada.
Partimos cedinho de Nájera, tomamos um café reforçado em Azofra e caminhamos entre campos cultivados até uma hora da tarde, depois de passarmos por Cirueña, cidadezinha sem serviços para os peregrinos mas com um Golf Club de 18 buracos. Uma nova cidade está nascendo ao lado, no entorno desse Golf Club. Coisa da afluência que a prosperidade espanhola permite.
Santo Domingo é mais uma cidade encantadora do Caminho.
O albergue faz hoje o que sempre fez nos últimos 950 anos: acolhe muito bem os peregrinos a troco de um donativo. As camas sao individuais. No restaurante uma algaravia multinacional mistura línguas, cheiros e sabores. Uma salada.
Por falar em sabores e odores, em Navarra e parte Rioja perfumava as maos e o cajado com folhinhas de ... tomilho! E de romero. Sao ervas aromáticas que crescem nas encostas das trilhas, geralmente imediatamente à jusante dos vinhedos.
Na Catedral de Santo Domingo um galinheiro gótico guarda um galo e uma galinha - vivos - que quando morrem sao substituídos por outros criados no albergue onde estamos. É uma referência ao milagre mais conhecido de Santo Domingo, que ressuscitou um jovem enforcado e um galo assado. Mais ou menos como aquele outro galo mais conhecido de nós, o de Portugal. Em outro post eu conto melhor essa lenda, que o Governo de La Rioja requereu fosse considerado Patrimônio Oral da Humanidade. Tem chances.
Amanha cedo partimos para Belorado, 22 quilômetros mais adiante.

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