Deu na BBC de Londres

Como diria Ancelmo Góis, deve ser horrível viver em um país cuja economia ainda usa trabalho "escravo".

Vejam - e leiam - esta notícia da BBC de Londres.

Mas a julgar pelos últimos acontecimentos em Ulianópolis, neste Estado do Pará, a milhares de milhas de Londres, esse campeonato já está no papo.



Economia britânica ainda usa trabalho 'escravo', diz ONG

Pablo Uchoa
De Londres


Agricultura e cadeia de alimentos empregam mais escravos, diz ONG

Diversos setores da economia britânica ainda usam mão-de-obra escrava, denunciou a organização Anti-Slavery International, com sede em Londres, em um relatório elaborado para marcar os 200 anos da lei que proibiu o tráfico de escravos no Império Britânico.
Nessa escravidão contemporânea, cidadãos do leste e do centro da Europa, do sudeste asiático e da América do Sul – inclusive brasileiros – são atraídos com promessas de emprego e acabam submetidos ao trabalho forçado sem rendimento ou com salário muito abaixo do mínimo.
Ao desenhar seu 'mapa da escravidão' na Grã-Bretanha, a ONG disse que, embora grande parte do tráfico de pessoas tenha como finalidade a exploração sexual, milhares são exploradas em atividades como a colheita de frutas, em fábricas de processamento de alimentos e no serviço doméstico.
Se há mais de 200 anos, o transporte de escravos gozava de proteção legal, hoje, os traficantes usam rotas regulares de migração e de concessão de vistos de trabalho.
"Eles usam a servidão por dívida, a remoção de documentos e o desconhecimento dos imigrantes de seus próprios direitos para sujeitá-los ao trabalho forçado", diz o relatório da ONG.
De acordo com a OIT, trabalho escravo é aquele de caráter degradante, realizado sob ameaça ou coerção, e que envolve o cerceamento de liberdade. Nem todo trabalho forçado - como o de presidiários em determinados países - tem essas características.
Ainda que não se vejam mais correntes, na escravidão contemporânea, assim como na colonial, um "empregador" tem total controle sobre o trabalhador, tratando-o como uma "propriedade".
Imigração e Escravidão
ESCRAVOS TRAFICADOS – Por região
Ásia/Pacífico - 1,36 milhão
Industrializados - 270 mil
A. Latina/ Caribe - 250 mil
O. Médio/ N. África - 230 mil
África subsaariana - 130 mil
Total - 2,45 milhões (número arredondado)
Fonte: OIT, 2005
A ONG baseou sua análise qualitativa em entrevistas, relatórios e 27 casos de escravos libertados na Grã-Bretanha. Todos haviam chegado ao país pelo caminho do tráfico.

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