Notícias de Machu Picchu, por Belenâmbulo
Belenâmbulo, nosso grande cybercronista da cidade de Belém, me brindou com este comentário, que com muito gosto vem para a ribalta (thanks, Juvêncio).
Prezado Alencar,
Na primeira vez que li o trecho no qual você diz que reviu "velhas pedras" e descobriu "coisas que nao foram percebidas nas visitas anteriores", confesso que pensei se tratar apenas de um floreio retórico.
Pois bem... ontem estive pela primeira vez em Machupicchu e, enquanto caminhava entre as ruínas, pude finalmente compreender a profundidade de seu comentário. Mesmo que eu tenha passado 9 horas na cidade (incluindo a subida a Waynapicchu e a Huchuypicchu), saí de lá com a sensaçao de que é necessário regressar outras vezes. Devido à ausência (voluntária) de planejamento, nao pude percorrer o Caminho Inca. Como forma de "compensaçao", subi e desci a pé, pelas escadas, desde Aguas Calientes. Na chegada, pouco antes das 6 da manha, influenciado pelas leituras prévias, imaginei-me o próprio Hiram Bingham extasiado ao encontrar as paredes do Templo do Sol. Em vez disso, ao término da escadaria, dei de cara com uma fila de quase cem metros de turistas... Uma verdadeira Babel.
Estou há 24 dias perambulando desde Santiago, passando por San Pedro de Atacama, Salar de Uyuni e adjacências, Potosí, Sucre, La Paz, Copacabana, Isla del Sol, e agora, Cusco.
Devo lhe dizer que suas postagens têm sido para mim uma ótima alternativa ao "Circuito Gringo" ditado pelo Lonely Planet.
Graças a elas, e devido à escassez de tempo, decidi-me por nao ir às Islas Flotantes (outros turistas também comentaram o aspecto "fake" do passeio). Também experimentei o cuy (o meu foi "al horno") e fiz uma reserva no barco Golfinho, em Iquitos, para onde sigo na terça. Em Tabatinga, procurarei o barco Puma, conforme orientaçao do Alencar's Planet... ou seria Alencar's Guide?
Grande abraço!