Sérgio Ancêde Gribel (1938-2008)
Sérgio Ancêde Gribel era carioca mas escolheu o Pará para viver os melhores anos de sua vida.
Ele veio do Rio de Janeiro para Barcarena, para fundar a ALBRAS ao lado de outros, valerianos ou não (ele não era valeriano, palavra que no jargão corporativo designa os empregados da Vale).
As empresas têm alma e ela depende do fundador ou fundadores. No Google, por exemplo, a toda hora seus executivos reafirmam o espírito dos fundadores. Na Microsoft idem.
Na ALBRAS não é diferente. A ALBRAS se tornou a melhor empresa para se trabalhar do Brasil também pelo espírito que herdou de seus fundadores e continuadores, dentre os quais faço questão de lembrar Sérgio Gribel, Maurício Schettino, César Bentes e Paulo César Silva.
Gribel chefiou por mais de dez anos o comitê de negociações coletivas da ALBRAS.
Recrutou gente jovem como Rohan Lima, que depois viria a ser Diretor Jurídico da Vale.
Graças a ele o comitê da ALBRAS forçou uma geração de sindicalistas e advogados - eu inclusive - a se qualificar para participar de negociações coletivas avançadas, no final dos anos oitenta até metade dos anos noventa do século passado. Por muitos anos essa foi a negociação coletiva mais sofisticada que se praticou no Estado do Pará (outras havia, mas ocorriam fora do Estado, em Brasília ou Rio de Janeiro, como a dos bancários e dos mineiros da Vale, que era feita anualmente no Hotel Glória).
No último ano em que Gribel chefiou o comitê eu estava saindo da advocacia e quando chegou a um impasse nas negociações eu fui chamado pelos dois comitês - da ALBRAS e do SIMETAL - para fazer a mediação privada e, se fosse o caso, arbitragem privada. Fiz a primeira mediação privada no Estado do Pará e não foi preciso se chegar à arbitragem.
Gribel se aposenteou em 1995 e foi trabalhar para o Governo do Estado.
Adversários na mesa de negociação por uma década, ficamos, advogados e sindicalistas, amigos de Gribel, que nunca se esqueceu de nenhum de nós e sempre estava querendo saber da sorte de cada um.
Ontem ele se despediu de nós, que hoje vamos sepultá-lo, com as merecidas homenagens a quem deixou sua marca e sua herança em um Estado que precisa cada vez mais de gente como ele.
Minhas homenagens ao Gribel, minha solidariedade à Rachel, Renata e demais filhas e filho.
Descansa em paz, Gribel.
As empresas têm alma e ela depende do fundador ou fundadores. No Google, por exemplo, a toda hora seus executivos reafirmam o espírito dos fundadores. Na Microsoft idem.
Na ALBRAS não é diferente. A ALBRAS se tornou a melhor empresa para se trabalhar do Brasil também pelo espírito que herdou de seus fundadores e continuadores, dentre os quais faço questão de lembrar Sérgio Gribel, Maurício Schettino, César Bentes e Paulo César Silva.
Gribel chefiou por mais de dez anos o comitê de negociações coletivas da ALBRAS.
Recrutou gente jovem como Rohan Lima, que depois viria a ser Diretor Jurídico da Vale.
Graças a ele o comitê da ALBRAS forçou uma geração de sindicalistas e advogados - eu inclusive - a se qualificar para participar de negociações coletivas avançadas, no final dos anos oitenta até metade dos anos noventa do século passado. Por muitos anos essa foi a negociação coletiva mais sofisticada que se praticou no Estado do Pará (outras havia, mas ocorriam fora do Estado, em Brasília ou Rio de Janeiro, como a dos bancários e dos mineiros da Vale, que era feita anualmente no Hotel Glória).
No último ano em que Gribel chefiou o comitê eu estava saindo da advocacia e quando chegou a um impasse nas negociações eu fui chamado pelos dois comitês - da ALBRAS e do SIMETAL - para fazer a mediação privada e, se fosse o caso, arbitragem privada. Fiz a primeira mediação privada no Estado do Pará e não foi preciso se chegar à arbitragem.
Gribel se aposenteou em 1995 e foi trabalhar para o Governo do Estado.
Adversários na mesa de negociação por uma década, ficamos, advogados e sindicalistas, amigos de Gribel, que nunca se esqueceu de nenhum de nós e sempre estava querendo saber da sorte de cada um.
Ontem ele se despediu de nós, que hoje vamos sepultá-lo, com as merecidas homenagens a quem deixou sua marca e sua herança em um Estado que precisa cada vez mais de gente como ele.
Minhas homenagens ao Gribel, minha solidariedade à Rachel, Renata e demais filhas e filho.
Descansa em paz, Gribel.
Comentários
o seu carinho pelo Gribel por você era integralmente correspondido, você sabe disto. Mas, nunca é demais reafirmar o que é bom. Especialmente quando um amigo como ele decide ir antes do tempo para aquele céu especial onde espero reencontrá-lo. O céu dos incréus, mas uqe têm fé maior, a fé essencial: a crença na luta pela dignidade do ser humano.
Uma tristeza cheia de saudades marcou o dia de hoje. Saudades das conversas que não mais ocorrerão, saudades da boa música na varanda.
Um abraço grande pela perda do nosso amigo querido.
Nós somos herança e herdeiros de Gribel.
Disse isso para Renata, Raquel e as demais filhas e filho do Gribel.
Agnósticos ou incréus, no ser humano acreditamos.
Gribel provou que é possível construir diferente, mesmo na adversidade.
A ALBRAS é um enclave e participa de uma lógica espoliativa, mas conseguiu, graças aos seus fundadores, ser a melhor empresa para se trabalhar no Brasil.
Aqui no Pará, nenhum aontra conseguiu e, pelo jeito, não conseguirá fazer isso.
Valeu, amiga.
Agradeço pela bela homenagem ao meu Pai.
Abraços,
Márcia Gribel
Reitero que você, suas irmãs, seu irmão e Rachel são herdeiras e herdeiro legítimos da estima e amizade que temos todos por ele.
Contem sempre conosco.
Apesar de termos nos conhecido num momento de tanta dor, pude sentir o sincero carinho e admiração que você dedicava ao meu Pai. Obrigada pelas palavras de apoio e pelo amparo que nos ofereceu. Agradeço também pelas palavras bonitas que homenagearam meu Pai no seu texto aqui postado.
Um grande abraço
Martha Gribel
Eu é que agradeço seu comentário e por nos permitir compartilhar com vocês esse paradigma de ser humano que foi Sérgio Ancêde Gribel.
Lembrarei sempre as palavras de Renata, que não foi um discurso fúnebre, mas uma profissão de fé nas virtudes de que vocês são herdeiras e herdeiro.
Todos nós compartilhamos com vocês esse legado.
Contem sempre conosco.
Você conseguiu dizer muito do que Sergio Gribel é para nós. Companheiros e amigos vivemos um cotidiano que foi enriquecido por sua preseça. Gribel como sempre até o final desafiou o imponderavel. Mas como você diz todos nós somos herdeiros de seus ensinamentos e como aprendemos com suas ações!
Amigos para sempre. Lembra da sua fala no Tribunal?
Já vai chegando setembro...nosso almoço anual, quando além de brindarmos você, brindaremos ao Gribel e ao nosso privilégio de termos sido amigos e companheiros.
A Rachel, Renata, Marcia, Flavia,Martha e Carlos Eduardo, contem sempre com nossa amizade e nosso apoio
VALEU GRIBEL!!!!!!!!!
Amigos para sempre.
Lecy Garcia
Obrigado pela leitura, pelo comentário e pela amizade (que é mesmo para sempre, como o tempo tem se encarregado de dizer e a morte de lembrar).
Hoje, às 18 h, na Capela de São João - essa pequena jóia de Landi - é a missa de sétimo dia do Gribel.
Iremos lá relembrar Gribel e cumprir esse rito de passagem.
E, claro, em setembro lembraremos dele, que era e continua sendo amigo para sempre.
Valeu, Lecy!
Nossa amizade com o Sérgio Gribel, forjada no bom combate, e no tempo em que o sindicalismo parecia sinceramente decidido a melhorar o País, não passará.
Uma das invejas que mais cultivei nos últimos anos foi a convivência de vocês, de Belém, com o Gribel, enquanto, no Rio, eu me encontrava privado deste privilégio.
Ontem estive com a sua primeira familia em uma missa muito comovente na igreja de Nossa Senhora do Líbano, cumprido um ritual muito especial, como era o nosso Gribel. Alguns companheiros cariocas da Albrás estiveram presentes e, como não podia deixar de ser, as lembranças do Sérgio, seu humor peculiar, sua visão estratégica, sua capacidade de negociador, tudo foi recordado com carinho. Fiquei emocionado de ver seus netos e filhos que não conhecia.
Quanto a você, meu caro amigo, sou-lhe imensamente grato por ter cuidado zelosamente do nosso Sérgio, desde quando ele deixou o grupo Vale.
Abraço saudoso do Rohan
Agradeço, com sincera emoção, seu comentário.
Tentei falar com a Dorotéa para avisar você, mas não consegui fazê-lo com a agilidade necessária, e creio que você terminou sabendo por outrem.
Ontem, na missa de sétimo dia aqui em Belém, na capela de São João - onde também há a única imagem de Nossa Senhora do Líbano aqui em Belém - a presença dos amigos e familiares de Gribel era representativa do que ele foi e fez nesta sua passagem entre nós.
Lá estavam a esposa Rachel, a filha Renata e seus colegas e amigos, digamos assim, todas as gerações de amigos do Gribel ali estavam. Todos irmanados nesse mesmo sentimento de respeito, carinho e homenagem por quem, em momentos importantes das nossas vidas, marcou sua presença.
Muitos dos muitos amigos que ali estavam Gribel fez no Governo do Estado, onde reencontrou César Bentes.
Agora somos todos herdeiros dele, na amizade e na lição deixada pelo exemplo, que compartilhamos com seus familiares.
Ele sempre acompanhava nossa trajetória e tinha uma sincera e emocionante preocupação pela sorte e destino de cada um de nós. Sempre estava querendo saber notícias ou dando notícias. E quando sabia das nossas trajetórias, ficava sempre muito feliz com o sucesso de cada um, qualquer que fosse o tamanho do êxito.
Ele acompanhou você por onde você passava, e ficava muito feliz com seu êxito. Eu também. Nos últimos tempos ele sabia de você pela Dorotéa, pois Renata é estagiária do SPHAN.
A verdade é que ele formou em torno de si um grupo de amigos que são e serão amigos para sempre.
Quando aparecer em Belém, marque um almoço ou jantar.
Valeu, Rohan!
Abraços também saudosos.