The Economist Desinformada

The Economist, com alguns anos de atraso em relação às congêneres nacionais, aderiu a lenga-lenga de que as leis trabalhistas brasileiras são arcaicas e contraproducentes.
Se isso fosse verdade - nem ela nem eu somos donos dela (verdade) - o braço brasileiro da anglo-holandesa  Shell não teria crescido tanto nos últimos cem anos - compare as fotos abaixo - durante os quais foi obrigada a cumprir essa legislação trabalhista que a revistona britânica, citando fontes brasileiras, diz ser arcaica e contraproducente. 
Claro que se essa legislação fosse mesmo tão arcaica e contraproducente a Shell - e outras tantas transnacionais, súditas da Rainha ou não - não faria a joint-venture Raízen, juntando seus trapinhos com a brasileira Cosan. A nova empresa já nasce valendo 12 bilhões de dólares. Nada mal para quem nasce em um país com legislação trabalhista arcaica e contraproducente, um ambiente horrível para os negócios.
Vai ver que a revistona britânica, que sabe tudo sobre a legislação trabalhista brasileira, não sabe nada da Shell e muito menos da Cosan. E, pelo jeitão,  tem tudo para continuar não sabendo se não ler este post.

Transporte de combustíveis no lombo de burros.
A Shell transportava combustíveis e lubrificantes no lombo de burros.
Caminhão de distribuição em posto da Shell
A área de distribuição é reponsável pela compra, armazenamento e entrega de insumos e combustíveis.

Comentários

Pepe Chaves disse…
Presidente Alencar,
A britânica 'The Economist' dizer que as leis trabalhistas são 'arcaicas' é piada pronta.

Creio que há uns dois anos a justiça inglesa condenou uma criança à cadeia com base num precedente da 'idade média'...

Eita justiça contemporânea essa heheheh

abs.
pepe
Pepe Chaves disse…
Mais uma observação.

As leis trabalhista são leis de proteção ao trabalho humano subordinado. Não se
pode fazer política de desenvolvimento econômico com as normas sociais. Isso é
uma invenção ideológica.

Normas sociais não incentivam evidentemente a atividade econômica. Isso se faz
com investimento econômico, público e privado.

As normas sociais são mais importantes sobretudo na crise econômica. Na crise é
mais importante proteger o ser humano trabalhador - gerador da riqueza econômica
- que a empresa. É uma questão de opção de valor, é uma opção de sociabilidade.

Leis sociais são leis de redistribuição de renda. Não são leis de incentivo à
produção. São leis que custam caro, sim. Saúde é cara, educação é cara. Proteção ao sujeito que gera a riqueza econômica(dito trabalhador) é cara. Bancar uma
justiça indenpendente é caro. Democracia é cara.

Existem outras opções mais baratas...

abraços
pepe

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