De Sarria, na Galícia ancestral
Estamos em Sarria, em nossa ancestral Galícia, a terra do Santo Apóstolo e de seu Campo de Estrelas. Estamos chegando, em contagem regressiva, nos mágicos 100 km para Santiago (amanha passamos lá). Lá se foram inacreditáveis 660 km desde Saint-Jean.
Poucos dias atrás ainda estávamos em Villafranca del Bierzo, onde Araceli chegou nas últimas, com dores nos pés. Ela pensava que eram das bolhas. Pela manha do dia seguinte Patrícia, uma enfermeira argentina que vive em Pádua olhou e fez o diagnóstico correto: bolha nao era mais, era talonite, uma inflamaçao dos músculos que ligam o calcanhar aos dedos. Repouso era a soluçao. Esperamos Jato, o dono do Albergue Ave Fenix - misto de caminhoneiro, caminhante, massagista e rezador - atender os demais peregrinos. Quando foi possível, olhou para Araceli, tocou sua cabeça e ombros, deles retirando toneladas (nas palavras dela). Em seguida fez massagens nos pés afetados e recomendou um dia de descanso. Para isso ele levaria Araceli no seu carro até Vega de Valcarce, onde ela ficaria no Albergue N. S. Aparecida do Brasil, de brasileiros, por supuesto. Todos os dias ele faz esse percurso levando as mochilas dos peregrinos, sem cobrar nada por isso. Aceita donativos, que sao colocados em uma caixinha. Nada aceitou pela massagem e ainda nos convidou para o café da manha, pedindo um tempo para fritar os ovos (temperado com pimentao em pó, uma delícia). Fizemos um donativo maior, ante a recusa dele. Eu segui a pé e Araceli foi com ele até Villafranca del Bierzo.
Jato é outra dessas figuras emblemáticas do Caminho. Jato é apelido (quer dizer algo como bezerro recém nascido, com o que de fato ele se parece). Construiu seu albergue sobre as ruínas de uma sinagoga. Ainda está em obras. Água quente ele consegue com um engenhoso sistema de mangueiras de borrachas expostas ao sol. Funciona. Ouvi franceses gritando trés chaud! sob as duchas. Distribui solidariedade, faz massagens, impoe maos, reza e cuida de um por um dos peregrinos. Passa isso para os filhos. Sua luta agora é conseguir agregar o apelido como nome de família, para passá-lo aos descendentes (filhos e netos). Nao morre cedo. Mas quando isso acontecer - que demore, que demore - entra na filha e passa na frente para ser beatificado e, rapidinho, vai ser canonizado. É bondade pura.
Saindo de Villafranca - tem esse nome porque foi repovoada por franceses, no Século XVI - eu caminhei tranquilos 16 km até Vega de Valcarce, no vale encarcerado (valle encarcelado, val carcel) entre as montanhas do Bierzo, margeando o Rio Valcarce e passando por Pereje, Trabadelo, La Portela e Ambasmestas. Um vale belíssimo, com o barulho do rio contraponteando o dos carros. Na velha carretera nacional aproveitaram o acostamento para fazer um andadero para peregrinos, protegida por uma mureta. Para nao deixar dúvidas, pintaram tudo de amarelo, a cor das setas do Caminho. Acima, os viadutos da autovia. Aos lados, a tranquilidade do Rio Valcarce e da quase vazia carretera. É tempo de erva doce silvestre por aqui. Está suculenta. Arrancava os melhores ramos e mascava enquanto caminhava. De repente, uma buzina chama minha atençao: era Jato com as mochilas e Araceli.
Quando cheguei no Albergue N. S. Aparecida do Brasil Araceli já me esperava, conversando com a hospitalera, a simpaticíssima e falante mineira Cristina Vaz. Alonguei e fui para as redes armadas na frente do Albergue (na fachada um mural com Ronaldinho Gaúcho, um capoeirista, Brasília e o 14 Bis, além de uma imensa bandeira do Brasil, claro). Mais tarde chegou Itabyra, um dos donos do Albergue. Simpaticíssimo. Ficamos com eles e com um irlandês o dia todo. À noite ele nos serviram uma ceia brasileira, com salada, arroz e feijao. Explicaram-nos a origem do albergue e sua missao, digamos assim: atender peregrinos com a cara do Brasil. Itabyra largou seus negócios - era distribuidor de cerveja - para montar o albergue. Faz o que gosta. Estava entusiasmado com os gerânios que ia comprar em Ponferrada e com as trutas que ia botar no tanque no dia seguinte. Comprei na padaria próxima um botillo e pedi para Cristina preparar. Gostei dessa iguaria berciana. Mas vou voltar para comer à moda deles, com batatas.
Com Araceli recuperada, nos despedimos dos amigos brasileiros e partimos cedo para o mágico Cebreiro. Chovia e tinha névoa. Sob o poncho, estávamos protegidos da chuva. Mas o frio era forte também. Bom para caminhar. A subida pelos vales e montanhas do El Bierzo é coisa que só vendo. Foto nao vale. Vi uma foto no Albergue de Ponferrada e nao entendi direito a mescla de cores. Agora entendo. Tem verde das árvores e vermelho, da terra e de flores silvestres (a Primavera finalmente venceu o Inverno nestas bandas). Passamos - encapotados e pingando - por Ruitelán, Las Herrerias e Laguna de Castilla. Quando nos aproximamos do cume de O Cebreiro a névoa aumentou. Sorte que já tínhamos visto o vale encarcerado e o Bierzo do alto, uma beleza. O Cebreiro estava totalmente encoberto e foi possível entender a lenda do peregrino alemao perdido na subida que orientou-se pela gaita de foles de um pastor galego, conseguindo chegar ao cume e encontrar o... Santo Graal! A música galega que saía do bar era essa mesma, de gaita de foles, muito parecida com a breta, escocesa e irlandesa. Para nosso azar, nao foi possível contemplar El Bierzo de um lado e a Galícia do outro. Vou voltar só para ver isso, que apenas pude intuir.
Prosseguimos sob chuva e neblina passando por Liñares, Hospital e Alto do Poio, onde tem uma gigantesca escultura de um peregrino. No caminho recebi uma ligaçao emocionante e emocionada de nossa boa amiga Lecy, que deveria estar fazendo o caminho conosco (tem um comentário dela no Blog). Resolvemos almoçar em Santa Maria do Poio e avaliar. Como estava ficando tarde e continuava chovendo, resolvemos pernoitar em Fonfría.
Ali ficamos no Albergue As Reboleiras (aqui o galego se impoe e é muito parecido com o português), onde reencontramos amigas e amigos que fomos fazendo ao longo desses 25 dias de caminhada. Digamos que a nossa patota multinacional. De alguns sabemos os nomes, de outros apenas a nacionalidade. De todos compartilhamos a solidariedade e a simpatia recíprocas.
O albergue sediava um encontro de alberguistas. Um deles brasileiro - Acácio Motta - nos procurou para nos dar um abraço. Sua família é de Belém. Pela manha reencontramos César, o simpaticíssimo dono do albergue de Calzadilla de La Cueza. E Tabita, da família de Jato, de Villafranca del Bierzo. Tudo agora velhos amigos.
Hoje saímos com névoa. Preparados para a chuva. Andamos 27 km sem uma gota dágua cair. Hoje sim vimos a Galícia rural armônica e esplendorosa. Boa parte do caminho se fez em corredoiras, as estradas para vacas galegas. Que espalham bosta em todo o Caminho. Os caes sao um capítulo a parte. Os bravos, estao presos. Os mansos, soltos. Os filhotes, querem brincar com os peregrinos. O problema é saber quem é quem.
Nesta Galícia pareceu-me rever parentes e amigos. Minha avó era daqui. Falava para minha mae de cercas de pedra. Eu só conhecia cerca de estacas de madeira (jarana). Pedra só conhecia pequenas. Nao conseguia entender como se fazia estacas de pedra. Agora sei. E vi um velho galego consertando cerca de pedras.
Sempre imaginei que um dia ia encontrar uma campina verjejante como as do Salmo 23. Aqui na Galícia encontrei centenas delas.
Encontrei sobrenomes conhecidos das colônias espanholas de Bragança. Garcia, por exemplo. Castanho é nome de família nos dois lados do Atlântico. Passamos por um castanho - a árvore, bem entendido - de mais de 1.300 anos.
Hoje passamos por Viduedo - os galegos preferem Biduedo - Triacastela (tinha três castelos, nao tem mais nem as ruínas), San Xil, Furela e Calvor. Pelo meio, dezenas de aldeias com nomes sonoros e cheios de semelhanças: Filloval, As Pasantes, Ramil, Alto de Riocabo, Montan, O Real, Pintin, Aguiada, San Mamede e Ferreiros.
Por falta de pernas, preferi nao passar pelo Monastério de Samos (teriam sido 5 km a mais).
Agora estou em Sarria, a maior cidade antes de Santiago. Foi repovoada por Alfonso IX, que por isso mesmo é nome do melhor hotel daqui (da bandeira NH). Tem um belo convento com fachada plateresca e a Igreja do Salvador é de 1904. O negócio aqui é o gado. Galego, por supuesto, mas vi umas vaquinhas holandesas rastreadas.
Estamos no Albergue Los Blasones, cujas paredes de pedra sao decoradas por brasoes (ao lado de cada um tem uma cartela explicativa). Fica na Rua Mayor, que está em obras. Talvez por isso somos poucos peregrinos. Ficamos em um quarto só para nós dois. Bem arrumado e cuidado, tem decoraçao de muito bom gosto. As duchas sao tao boas quanto a dos melhores hotéis. Só perde para as do Albergue do Hotel Jakue, em Puente La Reina.
Estou neste momento no Mesón O Tapas, que neste momento (21:30 h) está saindo da fase de bar de tapas para tornar-se bar de copas.
Amanha vamos para Portomarín (22 km mais adiante). Se der, chegaremos a Gonzar ou Hospital de La Cruz.
Agradeço as visitas e os comentários.
Acalmo os devedores: vou contar a lenda do galo de Santo Domingo.
Poucos dias atrás ainda estávamos em Villafranca del Bierzo, onde Araceli chegou nas últimas, com dores nos pés. Ela pensava que eram das bolhas. Pela manha do dia seguinte Patrícia, uma enfermeira argentina que vive em Pádua olhou e fez o diagnóstico correto: bolha nao era mais, era talonite, uma inflamaçao dos músculos que ligam o calcanhar aos dedos. Repouso era a soluçao. Esperamos Jato, o dono do Albergue Ave Fenix - misto de caminhoneiro, caminhante, massagista e rezador - atender os demais peregrinos. Quando foi possível, olhou para Araceli, tocou sua cabeça e ombros, deles retirando toneladas (nas palavras dela). Em seguida fez massagens nos pés afetados e recomendou um dia de descanso. Para isso ele levaria Araceli no seu carro até Vega de Valcarce, onde ela ficaria no Albergue N. S. Aparecida do Brasil, de brasileiros, por supuesto. Todos os dias ele faz esse percurso levando as mochilas dos peregrinos, sem cobrar nada por isso. Aceita donativos, que sao colocados em uma caixinha. Nada aceitou pela massagem e ainda nos convidou para o café da manha, pedindo um tempo para fritar os ovos (temperado com pimentao em pó, uma delícia). Fizemos um donativo maior, ante a recusa dele. Eu segui a pé e Araceli foi com ele até Villafranca del Bierzo.
Jato é outra dessas figuras emblemáticas do Caminho. Jato é apelido (quer dizer algo como bezerro recém nascido, com o que de fato ele se parece). Construiu seu albergue sobre as ruínas de uma sinagoga. Ainda está em obras. Água quente ele consegue com um engenhoso sistema de mangueiras de borrachas expostas ao sol. Funciona. Ouvi franceses gritando trés chaud! sob as duchas. Distribui solidariedade, faz massagens, impoe maos, reza e cuida de um por um dos peregrinos. Passa isso para os filhos. Sua luta agora é conseguir agregar o apelido como nome de família, para passá-lo aos descendentes (filhos e netos). Nao morre cedo. Mas quando isso acontecer - que demore, que demore - entra na filha e passa na frente para ser beatificado e, rapidinho, vai ser canonizado. É bondade pura.
Saindo de Villafranca - tem esse nome porque foi repovoada por franceses, no Século XVI - eu caminhei tranquilos 16 km até Vega de Valcarce, no vale encarcerado (valle encarcelado, val carcel) entre as montanhas do Bierzo, margeando o Rio Valcarce e passando por Pereje, Trabadelo, La Portela e Ambasmestas. Um vale belíssimo, com o barulho do rio contraponteando o dos carros. Na velha carretera nacional aproveitaram o acostamento para fazer um andadero para peregrinos, protegida por uma mureta. Para nao deixar dúvidas, pintaram tudo de amarelo, a cor das setas do Caminho. Acima, os viadutos da autovia. Aos lados, a tranquilidade do Rio Valcarce e da quase vazia carretera. É tempo de erva doce silvestre por aqui. Está suculenta. Arrancava os melhores ramos e mascava enquanto caminhava. De repente, uma buzina chama minha atençao: era Jato com as mochilas e Araceli.
Quando cheguei no Albergue N. S. Aparecida do Brasil Araceli já me esperava, conversando com a hospitalera, a simpaticíssima e falante mineira Cristina Vaz. Alonguei e fui para as redes armadas na frente do Albergue (na fachada um mural com Ronaldinho Gaúcho, um capoeirista, Brasília e o 14 Bis, além de uma imensa bandeira do Brasil, claro). Mais tarde chegou Itabyra, um dos donos do Albergue. Simpaticíssimo. Ficamos com eles e com um irlandês o dia todo. À noite ele nos serviram uma ceia brasileira, com salada, arroz e feijao. Explicaram-nos a origem do albergue e sua missao, digamos assim: atender peregrinos com a cara do Brasil. Itabyra largou seus negócios - era distribuidor de cerveja - para montar o albergue. Faz o que gosta. Estava entusiasmado com os gerânios que ia comprar em Ponferrada e com as trutas que ia botar no tanque no dia seguinte. Comprei na padaria próxima um botillo e pedi para Cristina preparar. Gostei dessa iguaria berciana. Mas vou voltar para comer à moda deles, com batatas.
Com Araceli recuperada, nos despedimos dos amigos brasileiros e partimos cedo para o mágico Cebreiro. Chovia e tinha névoa. Sob o poncho, estávamos protegidos da chuva. Mas o frio era forte também. Bom para caminhar. A subida pelos vales e montanhas do El Bierzo é coisa que só vendo. Foto nao vale. Vi uma foto no Albergue de Ponferrada e nao entendi direito a mescla de cores. Agora entendo. Tem verde das árvores e vermelho, da terra e de flores silvestres (a Primavera finalmente venceu o Inverno nestas bandas). Passamos - encapotados e pingando - por Ruitelán, Las Herrerias e Laguna de Castilla. Quando nos aproximamos do cume de O Cebreiro a névoa aumentou. Sorte que já tínhamos visto o vale encarcerado e o Bierzo do alto, uma beleza. O Cebreiro estava totalmente encoberto e foi possível entender a lenda do peregrino alemao perdido na subida que orientou-se pela gaita de foles de um pastor galego, conseguindo chegar ao cume e encontrar o... Santo Graal! A música galega que saía do bar era essa mesma, de gaita de foles, muito parecida com a breta, escocesa e irlandesa. Para nosso azar, nao foi possível contemplar El Bierzo de um lado e a Galícia do outro. Vou voltar só para ver isso, que apenas pude intuir.
Prosseguimos sob chuva e neblina passando por Liñares, Hospital e Alto do Poio, onde tem uma gigantesca escultura de um peregrino. No caminho recebi uma ligaçao emocionante e emocionada de nossa boa amiga Lecy, que deveria estar fazendo o caminho conosco (tem um comentário dela no Blog). Resolvemos almoçar em Santa Maria do Poio e avaliar. Como estava ficando tarde e continuava chovendo, resolvemos pernoitar em Fonfría.
Ali ficamos no Albergue As Reboleiras (aqui o galego se impoe e é muito parecido com o português), onde reencontramos amigas e amigos que fomos fazendo ao longo desses 25 dias de caminhada. Digamos que a nossa patota multinacional. De alguns sabemos os nomes, de outros apenas a nacionalidade. De todos compartilhamos a solidariedade e a simpatia recíprocas.
O albergue sediava um encontro de alberguistas. Um deles brasileiro - Acácio Motta - nos procurou para nos dar um abraço. Sua família é de Belém. Pela manha reencontramos César, o simpaticíssimo dono do albergue de Calzadilla de La Cueza. E Tabita, da família de Jato, de Villafranca del Bierzo. Tudo agora velhos amigos.
Hoje saímos com névoa. Preparados para a chuva. Andamos 27 km sem uma gota dágua cair. Hoje sim vimos a Galícia rural armônica e esplendorosa. Boa parte do caminho se fez em corredoiras, as estradas para vacas galegas. Que espalham bosta em todo o Caminho. Os caes sao um capítulo a parte. Os bravos, estao presos. Os mansos, soltos. Os filhotes, querem brincar com os peregrinos. O problema é saber quem é quem.
Nesta Galícia pareceu-me rever parentes e amigos. Minha avó era daqui. Falava para minha mae de cercas de pedra. Eu só conhecia cerca de estacas de madeira (jarana). Pedra só conhecia pequenas. Nao conseguia entender como se fazia estacas de pedra. Agora sei. E vi um velho galego consertando cerca de pedras.
Sempre imaginei que um dia ia encontrar uma campina verjejante como as do Salmo 23. Aqui na Galícia encontrei centenas delas.
Encontrei sobrenomes conhecidos das colônias espanholas de Bragança. Garcia, por exemplo. Castanho é nome de família nos dois lados do Atlântico. Passamos por um castanho - a árvore, bem entendido - de mais de 1.300 anos.
Hoje passamos por Viduedo - os galegos preferem Biduedo - Triacastela (tinha três castelos, nao tem mais nem as ruínas), San Xil, Furela e Calvor. Pelo meio, dezenas de aldeias com nomes sonoros e cheios de semelhanças: Filloval, As Pasantes, Ramil, Alto de Riocabo, Montan, O Real, Pintin, Aguiada, San Mamede e Ferreiros.
Por falta de pernas, preferi nao passar pelo Monastério de Samos (teriam sido 5 km a mais).
Agora estou em Sarria, a maior cidade antes de Santiago. Foi repovoada por Alfonso IX, que por isso mesmo é nome do melhor hotel daqui (da bandeira NH). Tem um belo convento com fachada plateresca e a Igreja do Salvador é de 1904. O negócio aqui é o gado. Galego, por supuesto, mas vi umas vaquinhas holandesas rastreadas.
Estamos no Albergue Los Blasones, cujas paredes de pedra sao decoradas por brasoes (ao lado de cada um tem uma cartela explicativa). Fica na Rua Mayor, que está em obras. Talvez por isso somos poucos peregrinos. Ficamos em um quarto só para nós dois. Bem arrumado e cuidado, tem decoraçao de muito bom gosto. As duchas sao tao boas quanto a dos melhores hotéis. Só perde para as do Albergue do Hotel Jakue, em Puente La Reina.
Estou neste momento no Mesón O Tapas, que neste momento (21:30 h) está saindo da fase de bar de tapas para tornar-se bar de copas.
Amanha vamos para Portomarín (22 km mais adiante). Se der, chegaremos a Gonzar ou Hospital de La Cruz.
Agradeço as visitas e os comentários.
Acalmo os devedores: vou contar a lenda do galo de Santo Domingo.
Comentários
Muito interessante a tua narrativa.
Estou acompanhando
Depois, quando tu chegares, quero conversar tudinho.
Estou querendo fazer o caminho.
Boa sorte para vc e Aracélia com a talonite.
Abraços,
Ao chegar no marco 100, com certeza o coração começou bater a quase 200.
Estou acompanhando passo a passo esta história linda na vida de vocês.
Muitas saudades, Mana.
Vamos conversar tudo, tintin por tintin.
Obrigado, Déa.
Abraços desde Portomarín, às margens do Minho.