STF

Notícia divulgada pelo sítio Espaço Vital, especializado em direito:
Pesquisa entre advogados indica pequena confiança no STF

O 20º Congresso Nacional da OAB, realizado entre os dias 12 e 16 de novembro, em Natal (RN), tornou-se um encontro de variada utilidade. Entre outros méritos, promoveu um importante debate sobre o Estado de Direito e Estado Policial, foi palco para a anistia do ex-presidente João Goulart e, também, campo para pesquisa de opinião que traz uma revelação surpreendente: é muito baixa a confiança dos advogados no Supremo Tribunal Federal. 

A pesquisa perguntou, sem apresentar alternativas, qual era a instituição do Estado brasileiro em que o entrevistado mais confiava. Embora manifeste confiança no Poder Judiciário como um todo, o STF ficou na base da tabela de respostas com apenas 1% na referência à credibilidade. Abaixo dele somente instituições não identificadas por terem obtido um porcentual de citação inferior a 1% das respostas. 

“Isso talvez reflita, principalmente, a intromissão do Judiciário na política. Um papel que, nos últimos tempos, é capitaneado pelo Supremo. A chamada judicialização da política pode não estar sensibilizando a sociedade, neste caso representada pela reação dos advogados”, interpreta o cientista político Adriano Oliveira, coordenador de pesquisas do Instituto Maurício de Nassau, de Pernambuco. 

As declarações foram prestadas à revista Carta Capital e estão publicadas na edição que chegou às bancas no final de semana. O texto é de autoria do repórter Mauricio Dias. 

A matéria jornalística expressa também os efeitos recolhidos por outra pergunta da pesquisa. Nela, 90% dos advogados consideram que há influência política no Judiciário. 

Não haveria, nesse caso, respingo das decisões do ministro Gilmar Mendes nos episódios da Operação Satiagraha? 
“Devemos considerar, entretanto, que o STF é um tribunal extremamente político e que a maioria dos advogados consultados não atua nele. O contato é com a magistratura estadual ou, um pouco, a federal. O STF está distante deles”, pondera Oliveira. 

A pesquisa também escancarou como defendem seus interesses os membros dessa influente e poderosa categoria profissional.
 “Há contradições que caracterizam o elevado grau de corporativismo entre os advogados e que já se estende igualmente aos bacharéis em Direito”, diz o cientista político. 

* Leia a íntegra da reportagem na edição impressa de Carta Capital, ou - para ler o restante - 
clique aqui.


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