O Rasante da Embraer
De um colega juiz do trabalho e bom amigo, que conhece bem a Embraer e seu entorno, recebi o texto - que ele mesmo admite ser enfurecido - abaixo, que vale a pena ler e mais ainda meditar (inclusive sobre o que acontece quando os trabalhadores e o movimento sindical se aproximam do controle acionário de empresas, ainda que via fundo de pensões).
Vamos ao texto:
A Embraer vive de nossos tributos. O governo detém uma golden share. Os fundos de pensão são seus controladores. Seus gestores e seus assessores vivem a proferir a arenga rústica e intelectualmente desonesta, que o Brasil precisa de negociações diretas entre patrões e empregados (como se a Constituição não tivesse incentivado sua prática, em termos menos assimétricos) e a clamar contra o Estado que interfere (e deve interferir mesmo no pântano das decisões unilaterais e que só atendem aos interesses imediatos do patronato).
A Embraer é uma criação de brasileiros e do Estado brasileiro. Em seu entorno está o melhor da nossa engenharia desenvolvida com o apoio do Estado (inclusive dos militares). Os brasileiros trabalhadores lhes fornecem lastro financeiro, via FAT. O Itamaraty lhe cerca de mimos diplomáticos e geopolíticos.
E vem um almofadinha, se cerca de outros almofadinhas numa salinha gostosa e subsidiada com nossos tributos, e joga quatro mil brasileiros na sarjeta, para que o Estado e os brasileiros (familiares e amigos) assumam os ônus financeiros (saque do FGTS, habilitação ao seguro-desemprego) psicológicos e econômicos?
Espero que o MPT, os sindicatos do entorno e a Justiça do Trabalho da 15ª Região lhes diga o que quer dizer representação em questões administrativas, econômicas e judiciais, e o que vem a ser o direito ao trabalho e a prática de macro-lesão.
Nem uma mesinha de negociações, nem uma tentativa de ajustar a jornada para uma produção que, reduzida abruptamente, retornou ao patamar de 2007. Isso mesmo. A empresa vai produzir mais aviões do que em 2007 e menos do que em 2008. Trabalhadores prestam horas extras e vendem férias a esses almofadinhas de mercado, que recebem bônus e participações acionárias, limpinhos de tributos.
Tudo isso para satisfazer os brasileiros do “A” de acionistas, chutando o traseiro dos brasileiros do “b”, de brasileiros e bestas.
A Embraer é uma criação de brasileiros e do Estado brasileiro. Em seu entorno está o melhor da nossa engenharia desenvolvida com o apoio do Estado (inclusive dos militares). Os brasileiros trabalhadores lhes fornecem lastro financeiro, via FAT. O Itamaraty lhe cerca de mimos diplomáticos e geopolíticos.
E vem um almofadinha, se cerca de outros almofadinhas numa salinha gostosa e subsidiada com nossos tributos, e joga quatro mil brasileiros na sarjeta, para que o Estado e os brasileiros (familiares e amigos) assumam os ônus financeiros (saque do FGTS, habilitação ao seguro-desemprego) psicológicos e econômicos?
Espero que o MPT, os sindicatos do entorno e a Justiça do Trabalho da 15ª Região lhes diga o que quer dizer representação em questões administrativas, econômicas e judiciais, e o que vem a ser o direito ao trabalho e a prática de macro-lesão.
Nem uma mesinha de negociações, nem uma tentativa de ajustar a jornada para uma produção que, reduzida abruptamente, retornou ao patamar de 2007. Isso mesmo. A empresa vai produzir mais aviões do que em 2007 e menos do que em 2008. Trabalhadores prestam horas extras e vendem férias a esses almofadinhas de mercado, que recebem bônus e participações acionárias, limpinhos de tributos.
Tudo isso para satisfazer os brasileiros do “A” de acionistas, chutando o traseiro dos brasileiros do “b”, de brasileiros e bestas.
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