Juridiquês & Dano Moral
Juridiquês dá nisso.
Quando alguém sofre um dano, tem direito a uma indenização.
Por isso mesmo é normal que as pessoas, por seus advogados, batam às portas da justiça para pedir a condenação da parte contrária em indenização por dano, material ou moral.
Mas alguns advogados não pedem isso não. Pedem dano moral. Isso mesmo. Pedem dano moral. Repito: pedem dano moral. Alguns são até mais específicos e alegam que seu cliente "faz jus a parcela de Dano Moral" (assim mesmo, nome próprio, com iniciais maiúsculas). Sei, é esquisito, mas é isso mesmo.
Ou seja, esses advogados, que não pedem a indenização, pedem para seus clientes um dano moral. Mais um, supondo que já tenham sido vítimas do primeiro que motivou-os a procurar um advogado e ir à justiça.
Felizmente, ainda não apareceu nenhum juiz disposto a deferir tais pedidos.
E se fossem deferidos, a justiça teria que voltar a recrutar carrascos para executar essas sentenças e inflingir aos requerentes os danos morais. Claro que teria de haver um concurso público. De prova e de títulos. E com prova prática.
Cruz credo!
Comentários
Como sou na maioria das vezes advogado dos reclamados, sei que esta "tática" na maioria das vezes é usada só como meio de aumentar o valor a conciliar, pois caso o processo seja sentenciado, o destino do pedido é a improcedência... Muitas das vezes, nem isso... São julgados ineptos mesmo, por ausência de fundamento ou de causa de pedir... Já contestei muitos destes quando trabalhava no Escritório Coelho de Souza, assistindo as empresas de transporte coletivo...
Já repercuti a criação do seu Quadrado Mágico aqui.
Veja o post acima.