A Rota da Estrada de Ferro: Companhias (2)

Mais um pedaço do pupurri de comentários.



José Carlos Lima disse...

Os buritizais, a parte do peixe-boi de Peixe-boi e a divisão teritorial dos gerebas com os outros urubus estão impagáveis. Espero o trecho de Igarapé-açu e a ponte inteirinha que ainda existe por lá. Esta vale uma foto no próximo post.
Terça-feira, Janeiro 22, 2008 11:22:00 PM

Lafayette disse...

Mestre, quero (pô, já tão exigindo, dirás) relato do "aeroporto" de Zepelin que tem no caminho. Estou certo?

Quanto à Lagoa Azul, é verdade, seja nas chuvas, seja nas poucas chuvas, não tem jeito, a água é bela.

Bons passos.
Quarta-feira, Janeiro 23, 2008 10:42:00 AM

JOSÉ DE ALENCAR disse...

Caríssimos Zé Carlos e Lafayette.

A ponte de ferro de S. Francisco está firme e forte como a Torre Eiffel e a de Livramento. As obras da rodovia - novinha, pronta para ser inaugurada - comeram o aterro da banda que dá para a cidade. Da outra banda ainda dá para ver o que sobrou do aterro da ferrovia e a ponta da estrutura metálica. Acho que se o Lutfala tivesse inspecionado a obra teria dado um jeito de deixar o aterro inteiro, a única referência material da Estrada de Ferro na zona urbana. Fico devendo a foto, por enquanto. Mas está feita.
A torre que ancorava o zeppelin que patrulhava esta parte do Atlântico durante a Segunda Guerra sumiu. Até a base da Aeronáutica está abandonada e praticamente depredada.
Quarta-feira, Janeiro 23, 2008 2:48:00 PM

5 comentários:

Lafayette disse...

Seguimos em frente!
Quinta-feira, Janeiro 24, 2008 8:08:00 AM

afonso disse...

ak diz:
Alencar, li de cabo a rabo, o teu "Caminho de Nazaré". Fiquei encantado - encantamento é a palavra correta - e oro - na minha maneira de orar - pela tua caminhada.
Um grande abraço,
Afonso Klautau
PS: lembro do trem que levava a família Klautau todas as férias pra Pinheiro, Icoarací.
Quinta-feira, Janeiro 24, 2008 9:31:00 AM

JOSÉ DE ALENCAR disse...

Obrigado, companheiros de caminhada Lafayette e Afonso.
Obrigado pelas orações, meu caro AK.
Pois é, bem que alguém poderia ter uma idéia de jerico do bem e recriar esse ramal para Icoaracy, ainda que para fins puramente turísticos. Em Ushuaia fizeram isso com o trem da penitenciária, rebatizado de Tren del Fin del Mundo. Aí você poderia matar saudades e nós todos nos lembrar desse tempo.
Abraços e agradecimentos, amigos.
Quinta-feira, Janeiro 24, 2008 9:28:00 PM

Gorayeb disse...

Caro amigo Alencar. Suas andanças são muito interessantes, mas as narrativas são especiais. Você certamente percebeu as qualidades especiais de nossos nativos quanto a receptividade, educação e amizade e a belesa das paragens e paisagens. Também é duro constatar o estrago a natureza. Quanto a mutuca, uma das espécies que atacam mais os humanos, nesta região, é Dichelacera bifacies, pequena, (1cm) com asas rajadas, ataca nas pernas; ocorre nos meses de novembro a fevereiro.
Aproveito para lhe convidar a escrever um artigo para o livro Amazônia (que sai em fascículos as quartas no Liberal). Você poderia escrever sobre a biodiversidade, neste caminho de Nazaré, na visão de um viajante.
Minha família também tem histórias com a ferrovia.
Abraços, I. S. Gorayeb
Sábado, Janeiro 26, 2008 10:18:00 AM

JOSÉ DE ALENCAR disse...

Caríssimo Gorayeb.

Muito obrigado pela leitura, camarada.
E pelo comentário com a precisa resposta sobre a mutuca.
Encontrei seus rastros - e de sua família - em Tracuateua.
Vamos conversar sobre o artigo, que é mesmo uma boa idéia.
Peço sua compreensão, mas em6 comentários:

Lafayette disse...

"Mais um passarinho - uma pipira - vítima de atropelamento. Não vai dar nos jornais."

Estas escrevendo igual alguém que conheço!

Informação, seriedade e descontração.
Sexta-feira, Janeiro 25, 2008 12:59:00 PM

JOSÉ DE ALENCAR disse...

Lafayette, hoje foi uma jibóia linda, de mais de um metro de comprimento.
Entre Americano e Santa Izabel a Estrada, neste inverno, virou trilha para jipeiro. Amanhã recomeço de lá, mais ou menos sete quilômetros antes da cidade.
Espero terminar a caminhada de Benevides para a frente.
Sexta-feira, Janeiro 25, 2008 5:36:00 PM

Ronaldo Barata disse...

Caro Alencar:

Somente hoje tomei conhecimento de tua extraordinária aventura, percorrendo o antigo trajeto da ferrovia e dos comentários que está escrevendo no teu blog. De imediato, com curiosidade, acessei o tive o imenso prazer de ler textos que aliam a busca para reencontrar o passado, com o lirismo do observador que ama a natureza e ao mesmo tempo apresenta idéias ara resgatar o caminho, que não é de São Tiago, levava até São Francisco, que e do Pará.
Espero que o amigo transforme tais relatos em livro. O Pará merece.
Abraços do Ronaldo Barata
Sexta-feira, Janeiro 25, 2008 6:45:00 PM

Bia disse...

Querido,

você caminha mais rápido do que o tempo me permite persegui-lo...rsrsrs... O tempo, essa coisa que a gente usa tão errado, às vezes.

Pelo seu relato, hoje eu proporia que Castanhal fosse transformada em parte da região metropolitana de Anhanga! Sem querer provocar a Araceli e os castanhalenses...rsrs...

Leio seus posts e me contenho na emoção, tentando fazer com que a racionalidade predomine e eu seja capaz de compreender - e aceitar - que há um tempo que não voltará jamais. Porque Bragança é quase o mundo, como diz nosso amigo Antonio Maria.

O que você relata são pedaços de vida, que compõem a memória individual e seu relato serve a mim e à estrada de ferro da minha infância, e a cada um com seus pedaços, sejam eles de asfalto, chão batido, piçarra, mar ou rios.

Mas o que é muito forte no seu relato é o grito amoroso pelo direito coletivo que não é respeitado: o direito ao resgate e à preservação da história.

Antes de me despedir , eu sei o que são piabas, mas me pavoneei muito com a sua lembrança!

Lambaris quase não há mais no rio Juquiá, onde meu pai pescava, no Vale da Ribeira. Aliás, reconheço aqui, só pra você, que paulista precisa rever sua nomenclatura: rios são os nossos, de cá. Lá deveriam ser todos rebaixados a igarapés. Sem ofensa a ambos.

Abraço apertado
Sexta-feira, Janeiro 25, 2008 7:43:00 PM

Val-André Mutran disse...

Que desafio extraordinário!
O relato, melhor ainda.
Não há cansaço, há encantamento.
Estamos passa-a-passo acompanhando.
Sábado, Janeiro 26, 2008 7:38:00 AM

JOSÉ DE ALENCAR disse...

Caríssimo amigo e colega Ronaldo Barato.
Puxa vida! Quanto tempo.
Fico honrado com sua leitura e emocionado com seu comentário.
Agradeço seu entusiasmo e prometo pensar no livro.

Caríssima Bia,

Sempre lembro de você, pela estrada comum que nos une - a de ferro e a da luta - e pela preocupação com nossos problemas.

Araceli, minha protetora e medianeira - ela deu força desde o primeiro minuto - é de Castanhal, nascida em Inhangapi (que já foi parte de Castanhal) e faz-lhe uma contraproposta: juntar tudo outra vez, pelo menos nos nossos corações e mentes.
Os rios do Sul são igarapés, amiga, mas os nossos estão desaparecendo. Hoje passei por uns dois em Benevides que em pleno inverno foram rebaixados para simples valas.

Caríssimo Val-André,


Muito obrigado por me honrar com sua leitura e pelo ânimo que seu comentário me dá. Grato, de coração.
legítima defesa, terminei cometendo alguns dichelaceracídios...
Sábado, Janeiro 26, 2008 9:19:00 PM

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