Thiago Humano de Mello

Assisti por volta do meio-dia uma conversa de Thiago de Mello com um auditório de juízes do trabalho, em um dos salões do Tropical Resort de Manaus - AM.
O poeta estava, como sempre, todo de branco: guayabera, colete, calças e sapatos brancos. Até a biojóia de jarina pendurada no pescoço era branca, emoldurando o rosto moreno e sereno de um homem amazônico que, vivaz e loquaz, voltou para a floresta para nela viver e defendê-la. Defendendo-a, defende a Humanidade e a vida, suas três tarefas atuais, nas suas próprias palavras.
Paciente, ficou na platéia assistindo uma exposição de pesquisadoras da FGV sobre o perfil da magistratura trabalhista.
Foi à tribuna para declamar o poema. Humildente interrompeu-a para indagar de três pessoas que tagarelavam no palco se o poema as incomodava. Constrangimento geral. Voltou à tribuna e prosseguiu calmamente com a última estrofe.
Depois falou do amor, da ética, da Humanidade, da floresta, da vida e da vontade de vivê-la.
Pena que ele não seja ouvido por aqui.

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