Primeira Vitória
Recebi o último boletim do Greenpeace.
Alegrinha, a poderosa ONG ambientalista diz que a primeira vitória a gente nunca esquece. E prossegue: Nada como uma boa pressão para se conseguir bons resultados. Graças ao relatório A Farra do Boi na Amazônia, que revelou a relação de frigoríficos com o desmatamento da floresta e trabalho escravo na região, grandes redes de supermercado anunciaram que vão suspender a compra de carne de quem não garante a sua procedência. Ponto para a preservação da floresta!
Mais adiante, espeta o Bertin: Destruir a Amazônia dá prejuízo. O frigorífico Bertin agora bem sabe disso. Por ter contribuído para o desmatamento da floresta, conforme revelado pelo relatório A Farra do Boi na Amazônia, a empresa perdeu financiamento milionário do IFC, braço financeiro do Banco Mundial para o setor privado.
É por essas e por outras que fica cada dia mais claro que o meio ambiente é uma categoria de análise com mais força explicativa que outras mais antigas (trabalho inclusive). E também por isso mesmo as organizações não governamentais ambientalistas tem mais força que os sindicatos. Afinal, qual sindicato - ou central sindical, internacional inclusive - levaria o Bertin para o corner?
Comentários
É trágica a situação da maioria dos altamirenses. O mesmo não se pode dizer quanto aos produtores de carne.
Nada é mais lucrativo de que criar gado.
Segundo cálculo de um peão que conheci, o preço de um bezerro custa 100,00.
Para engordar 1000 cabeças, bastam 02 peãos e algumas tonelada de sal mineral, e doses de vacina durante 18 meses; e mais uma grande área desmatada - grande área mesmo.
Resultado: uma vaca custa 800,00, um boi 1200; ou seja, 1000 reais por cabeça, em média.
Para quem investiu 100 mil e mais uns trocados pagando salário mínimo e faturar um milhão em um ano e meio. Tem razão para espernear.
Moram, na maioria, no sul do Brasil, apesar de manterem mansões em Altamira. Chegam sempre de jatinho na empobrecida cidade.
É de entristecer qualquer um.
A FETRACOM não concorda e jamais seria signatária da nota da FAEPA em defesa do setor agropecuário.
Segue abaixo o e-mail no qual oficializamos a nossa posição à FAEPA
À Federação da Agricultura e Pecuária do Pará
Senhor Presidente Carlas Xavier,
Vimos por meio deste comunicar que:
A FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DOS ESTADOS DO PARÁ E AMAPÁ NÃO ASSINA A NOTA POR QUE SÓ CONOSCO.
Após sondagem aos membros da diretoria executiva da FETRACOM concluímos que o conteúdo da nota contradiz com nossas ações políticas em diversos pontos.
Ou seja, não nos contempla.
Especialmente neste momento em que enlutados pelo covarde e brutal assassinato do nosso companheiro sindicalista Josenaldo em Santana do Araguaia, temos que lutar para que o inquérito tenha andamento. Inquérito esse que aponta – em uma das suas linhas de investigação – que a ordem para assassinar o companheiro Josenaldo pode ter vindo do Frigorífico Bertin, onde o sindicalista tinha seu vínculo empregatício.
Acompanhamos de perto a investigação desse crime. Chegar aos assassinos e mandantes e fazê-los pagar pelo crime é ponto de honra para a FETRACOM. Assim como acabar com a impunidade que vem banalizando os crimes de encomenda naquela região.
Isto posto, não podemos ser signatários da nota.
Solicitamos ainda,ao presidente Xavier que determine para que a sua assessoria de imprensa repasse esta posição da FETRACOM aos influentes blogs da cidade, como o blog do Dr. José Maria Quadros Alencar, Quinta Emenda, Blog do Barata, blog do Bacana e outros que estão postando a nota e nos citando como signatários da mesma,
o que não é verdade.
José Francisco Pereira
Presidente