Madeeeeeeiiiiiiira!
A denúncia feita na última edição de
Santander defende conselheiro que financia desmatamento
Demorvan Tomedi vende madeira comprada de empresas ligadas ao desmatamento ilegal da Amazônia. Banco diz que tem "relação de confiança" com o empresário.
A Pampa Exportações, cujo presidente compõe conselho de sustentabilidade do Banco Real, controlado pelo Santander, foi apontada pela revista do
Em nota oficial enviada ao
A reportagem apurou que a Pampa Exportações tem entre seus fornecedores empresas sistematicamente multadas pelo Ibama e empresas que não têm autorização para funcionar. Também constam na lista dos provedores de madeira empresas que sequer possuem cadastro nos órgãos de fiscalização e regulamentação do estado. A reportagem fotografou lotes de madeira irregular destinados à Pampa Exportações no pátio da Rio Pardo Madeiras, empresa inexistente no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). O Santander não se pronunciou sobre esses episódios, apenas disse que a reportagem é importante para "estimular o debate na sociedade brasileira sobre a necessidade de garantir uma evolução nas práticas de extração de madeira sustentável na Amazônia".
O Instituto
Associações do setor madeireiro comentam denúncias
- Aimex
- ANMP
Também em nota enviada ao IOS, a
O meio ambiente e o mundo do trabalho
Escrito por Valeir Ertle é secretário de Relações Internacionais da Contracs/CUT
O Instituto
As informações apuradas permitiram fechar os elos de uma corrente perversa, que começa no interior da floresta e termina na casa de consumidores em todos os continentes.
A revista apurou que grandes empresas brasileiras e estrangeiras estão na ponta da cadeia produtiva que financia a devastação da floresta amazônica. A madeira, beneficiada por empresas sistematicamente envolvidas em crimes ambientais, é vendida para exportadoras que as repassam para empresas sediadas nos Estados Unidos, Europa e Ásia.
Muitas das empresas que compram a madeira do desmatamento detém selos de certificação ambiental e são vistas como empresas socialmente responsáveis. Na prática, contudo, são financiadoras da devastação, pois compram madeira sem realizar uma rigorosa checagem da origem do produto e sem levantar o perfil dos seus fornecedores.
Quando usado por empresas inescrupulosas, o discurso da sustentabilidade ambiental e da responsabilidade social empresarial cai no vazio, em ações de marketing que visam apenas encobrir atos predatórios.
Os trabalhadores têm um importante papel na construção de um mundo mais justo e ambientalmente sustentável. A agenda ambiental se tornou assunto de grande importância em qualquer projeto de desenvolvimento.
A Central Única dos Trabalhadores, por exemplo, já se posicionou a favor de vetos presidenciais à MP 458, que ficou conhecida como a MP da Grilagem, que entre outras medidas promove a legalização de terras ilegais na Amazônia, inclusive nas áreas onde atuam as empresas que exportam a madeira do desmatamento.
O desmatamento e os negócios ilegais de produtos oriundos da Amazônia interessam apenas aos setores retrógrados da sociedade. O movimento sindical deve se aliar de forma madura e responsável a essa luta em defesa da vida e da construção de um mundo mais justo e sustentável.
Para conhecer o trabalho desenvolvido pelo Instituto
Valeir Ertle é secretário de Relações Internacionais da Contracs/CUT e diretor administrativo e financeiro do Observatório Social.
Fonte: Observatório Social
Autor: Assessoria de Comunicação
Data: 5/7/2009
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