Notícias de El Calafate (2)
Três dias en El Calafate é tudo o que se pode querer da vida antes de morrer. Como temos mil coisas para fazer antes de morrer, melhor aproveitar segundo por segundo, milímetro por milímetro da beleza que é esta parte do Sul da Patagônia.
Passei um dia inteiro navegando no Lago Argentino, de glaciar em glaciar.
A cor da água é um espetáculo com o qual nos acostumamos logo e depois quase nao notamos. É verde ou azul, em várias tonalidades, dependendo da quantidade de sol e da incidência dos raios solares.
Se isso nao fosse pouco, logo depois de iniciar a navegaçao - aqui nao tem Arapariu, Juvêncio, e a empresa que navega no Lago tem um montao de certificaçoes de qualidade
- encontramos um fantástico bloco de gelo azulado. E logo outro maior. E em seguida um montao deles, de todos os tamanhos e formas. E tonalidades de azul e branco. Sao icebergs que desgarram dos glaciares e aqui sao chamados de témpanos. Nao me perguntem por que. Depois vou descobrir, pois na hora mal tinha fôlego para admirar tanta beleza.
Logo encontramos o primeiro glaciar. O nome dele é Seco. Está encolhendo. Como muitos outros. Em seguida, centenas de témpanos depois, avistamos e quase encostamos no Glaciar Spegazzini. É o final de um rio de gelo. Um mundao de gelo. Com quarenta a sessenta metros de altura. E alguns quilômetros de largura. É fantástico. Sempre azul cambiando para o branco. Aquele azul do Omo acho que é inspirado na cor dos glaciares. Afinal, por mais que me esforce, nunca encontrei um lençol lavado com Omo daquela cor que aparece nos comerciais. Aqui, finalmente encontrei aquele azul.
Como isso tudo era pouco, a navegaçao prosseguiu - acompanhamos tudo em uma tela com GPS igual essas dos avioes - entre centenas de témpanos até o Glaciar Upsala, formado por três outros. Outro mundao de gelo na nossa frente, há poucos metros de distância. Um pouco mais alto e mais largo que o Spegazinni. E muito mais fantástico ainda.
Na volta paramos em uma baía, caminhamos oitocentos metros e fizemos um pic-nic - isso mesmo, pic-nic - na frente de um glaciar pequeno, Onelli, que tem um pequeno braço do Lago Argentino só para ele e seus témpanos. Alguns vem dar na praia e se transformam em pequenos blocos de gelo que sao capurados pelos visitantes, crianças inclusive. Um pic-nic na frente de um glaciar com um monte de témpanos é realmente mais uma dessas coisas que temos que fazer pelo menos uma vez na vida.
Depois disso tudo nao tem nem graça tomar uísque com gelo pescado no Lago pela tripulaçao do barco.
Retornar para o porto e para El Calafate é regressar às belezas dos témpanos e do Lago, até reencontrar os flamingos e cisnes de pescoço negro na baía Redonda, en frente ao hotel.
Vale a pena viver para ver isso tudo aqui en El Calafate.
Passei um dia inteiro navegando no Lago Argentino, de glaciar em glaciar.
A cor da água é um espetáculo com o qual nos acostumamos logo e depois quase nao notamos. É verde ou azul, em várias tonalidades, dependendo da quantidade de sol e da incidência dos raios solares.
Se isso nao fosse pouco, logo depois de iniciar a navegaçao - aqui nao tem Arapariu, Juvêncio, e a empresa que navega no Lago tem um montao de certificaçoes de qualidade
- encontramos um fantástico bloco de gelo azulado. E logo outro maior. E em seguida um montao deles, de todos os tamanhos e formas. E tonalidades de azul e branco. Sao icebergs que desgarram dos glaciares e aqui sao chamados de témpanos. Nao me perguntem por que. Depois vou descobrir, pois na hora mal tinha fôlego para admirar tanta beleza.
Logo encontramos o primeiro glaciar. O nome dele é Seco. Está encolhendo. Como muitos outros. Em seguida, centenas de témpanos depois, avistamos e quase encostamos no Glaciar Spegazzini. É o final de um rio de gelo. Um mundao de gelo. Com quarenta a sessenta metros de altura. E alguns quilômetros de largura. É fantástico. Sempre azul cambiando para o branco. Aquele azul do Omo acho que é inspirado na cor dos glaciares. Afinal, por mais que me esforce, nunca encontrei um lençol lavado com Omo daquela cor que aparece nos comerciais. Aqui, finalmente encontrei aquele azul.
Como isso tudo era pouco, a navegaçao prosseguiu - acompanhamos tudo em uma tela com GPS igual essas dos avioes - entre centenas de témpanos até o Glaciar Upsala, formado por três outros. Outro mundao de gelo na nossa frente, há poucos metros de distância. Um pouco mais alto e mais largo que o Spegazinni. E muito mais fantástico ainda.
Na volta paramos em uma baía, caminhamos oitocentos metros e fizemos um pic-nic - isso mesmo, pic-nic - na frente de um glaciar pequeno, Onelli, que tem um pequeno braço do Lago Argentino só para ele e seus témpanos. Alguns vem dar na praia e se transformam em pequenos blocos de gelo que sao capurados pelos visitantes, crianças inclusive. Um pic-nic na frente de um glaciar com um monte de témpanos é realmente mais uma dessas coisas que temos que fazer pelo menos uma vez na vida.
Depois disso tudo nao tem nem graça tomar uísque com gelo pescado no Lago pela tripulaçao do barco.
Retornar para o porto e para El Calafate é regressar às belezas dos témpanos e do Lago, até reencontrar os flamingos e cisnes de pescoço negro na baía Redonda, en frente ao hotel.
Vale a pena viver para ver isso tudo aqui en El Calafate.
Comentários
Boas férias pra vocês (a cara-metade está junto?) Se sim, mande um abraço. Se não, mande abraço, também.
Se você tiver tempinho, vá no meu blog e veja umas últimas postagens que fiz lá. Começe por "O beijo e a revolução…" e suba.
Há pertinência (prever) o debate?
Beijos.
Beijos, Cris.
Já estou saindo do fim do mundo, em Umshuaia.