A Rota da Estrada de Ferro: Companhias (3)
Um pouco mais do pupurri de comentários (final).
Lafayette disse...
"A caminhomete superaquece. Temos que parar de vez em quando para esfriar o motor."
Larga estes carros, Alencar. Andando não tem esse problema! ;-)
É a maior imbecilidade matar cobra. Ela realmente não faz mal algum. Pelo contrário, equilibram com sua dieta comendo sapo, roedores e outras "cositas mas".
Eu já quase capotei tentando desviar de uma indo pra salinas. Não consegui!
Sábado, Janeiro 26, 2008 5:34:00 PM
Anônimo disse...
Verdade, Lafa.
Quando superaquece é só parar, alongar, tomar uns goles de água, descansar um pouco e seguir viagem.
Hoje, bem na curva da Moema, encontrei mais uma jibóia atropelada. Um filhote de uns quarenta centímetros. Olhei rapidamente e parecia um cordão. Fui conferir, era uma jiboinha, quase mumificada pelo sol.
Também tenho muito cuidado. Não mato nem imbuá. Mas tive que esmagar algumas mutucas. Era elas ou eu, amigo.
Abraços do
Alencar
Sábado, Janeiro 26, 2008 8:41:00 PM
Lafayette disse...
Pra mutuca não castigar é só caminhar flutuando uns metro e meio do chão, mas, aí, se conseguires, começo a minha caminhada Estrada de Ferroa Bragança-Belém amanhã!!!
Domingo, Janeiro 27, 2008 9:47:00 AM
JOSÉ DE ALENCAR disse...
Lafa, meu caro amigo.
Gorayeb, o maior especialista em mutucas do mundo - isso mesmo, camarada - deu a explicação em um comentário.
Espero que ele compreenda esses mutucucídios que pratiquei em legítima defesa.
Domingo, Janeiro 27, 2008 4:52:00 PM
RAULVENTURA disse...
Alencar :
Parabens pela caminhada
E apenas para colaborar com as informacoes sobre o tracado original da ferrovia dentro da area urbana de Belem , os registros imformam que alem do ramal que iniciava em uma estacao localizada na Trav. 16 de novembro com a Almte Tamandare ( onde hoje localiza-se o Hotel de transito do Exercito ) e tinha como trajeto a 16 de novembro , Praça Amazonas , Rua dos Jurunas ( hoje Roberto Camelier ) , Mundurucus , Passagem do Horto , Gentil até a estacao de Sao Braz existia outro ramal que partia do entroncamento sobre o leito da atual Pedro Alvares Cabral chegando aos armazens do cais do Porto .
Inclusive ,em alguns mapas antigos de Belem a atual Pedro Alvares Cabral era chamada de Rua do Trilho.
Segunda-feira, Janeiro 28, 2008 9:11:00 AM
José Carlos Lima disse...
Alencar,
Esse ultimo post foi uma provocação para os ambientalistas. A morte de igarapés foram inclusive responsável pela polêmica sobre a divisa dos municípios de Belém e Ananindeua. O caos urbano, o lixo não reciclável, os carros que tomam conta de tudo e nos dominam, tudo isso nos faz de fato refletir sobre o que chamamos de civilização.
Parabéns pela caminhada e pelos registros.
Segunda-feira, Janeiro 28, 2008 10:24:00 PM
JOSÉ DE ALENCAR disse...
Muito obrigado, Raul, pelo comentário e pelas informações.
Cheguei a ver os trilhos da Pedro Álvares Cabral que ligavam a Estação de São Brás com o porto. Flávio Nassar vai me mostrar mapas antigos que registram esse traçado pelo Jurunas, que se ligava ao pátio de manobras por trás do Colégio Augusto Meira. Esse traçado deixou marcar na malha urbana de Belém e isso é objeto da tese de doutorado do Homobono.
Muito obrigado, caríssimo José Carlos.
Acho que nós todos - verdes mais que todos - devemos fazer um esforço grande para defender nossos igarapés, não só por se tratar de parte de um recurso natural importantíssimo neste milênio, a água, mas também pela vertente cultural que eles representam. Igarapés fazem parte da nossa mais profunda identidade cultural. Quando perdemos um igarapé, perdemos duplamente.
Estou convencido que o caminho passa pelos comitês hidrográficos, que simplesmente não vingaram na maior bacia hidrográfica do planeta. Vai ver que por isso mesmo.
Conte comigo para essa luta.
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 11:31:00 AM
Anônimo disse...
Alencar
Lí , completamente emocionado com o lirismo do teu texto quase fotográfico e entristecido pois junto com os trilhos enterrou-se o tal do futuro que teimou em não vir pra esse país tão lindo e cheio de sapos que morrem inocentes nas estradas e dos outros não tão inocentes que insistem não morrer na política.
Abraços
Tadeu
Alencar,
Fui este final de semana para Araraquara e cruzei 300 km de canaviais e laranjais , cutrales e usinas de açucar ,me lembrei , claro ,do teu texto.Que inveja
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 3:51:00 PM
JOSÉ DE ALENCAR disse...
Muito obrigado, Tadeu.
Emoção é ler comentário como esse seu, que traduzo assim: vale a pena viver para sentí-la.
Essa retribuição é adicional, para além da própria viagem, no tempo e no espaço.
Sinceramente, recompensa-me provocar esse tipo de comentário.
Por ele fico sabendo que sempre é possível sensibilizar pessoas em defesa da vida.
Muito obrigado, de todo o coração.
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 6:21:00 PM
Anônimo disse...
Alencar ,
Quem agradece sou eu , já havia me encantado com as descrições precisas e poéticas do Perito Moreno , Ushuaia e Patagonia.
O teu texto honra o nome .
Agora essa caminhada é poesia pura , faça disso um livro , algo a gente possa ter do lado , reler de vez em quando e mesmo quem sabe mostrar logo , logo pros meus pequenos Antonio e Francisco "olha filho isso é o buritizal que o Alencar descreve , aqui passava a ferrovia , este é o igarapé ....", já que em breve quero mostrar a terra natal da vovó Elsa (ela que é amiga da Teresinha mãe do Torquato-uma vez te perguntei algo sobre o teu sobrenome sobre o Julio , não sei se vc lembra)pra eles e teu texto há de ser o guia na nossa aventura.
Um grande abraço
Tadeu
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 7:13:00 PM
Anônimo disse...
Carissimo Alencar,enquanto tu andas eu leio, re leio, volto a ler.Nao canso.Nao sou tuas pernas.Nada me cansa nessa viagem magica das tuas linhas.
Nada me cansa ao ver a paisagem da EFB pelos vagoes dos teus olhos e da tua imaginacao e com isso me fazeres tambem, uma testemunha dessa historia.
Quando eu for ao Brasil, gostaria de te dar um abraco.
Aventurosamente ,
Romolo Sampaio
www.eco-logic-systems.com
San Diego, California USA
romolosampaio@yahoo.com
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 7:36:00 PM
JOSÉ DE ALENCAR disse...
Recebam, Tadeu e Romolo, um emocionado e gratíssimo abraço pelas mensagens e pela companhia que me fizeram nestes dias.
Que venho o abraço real, Romolo, na tua vinda ao Brasil.
Quinta-2 comentários:
Romolo Sao Payo disse...
Tenho certeza que os espiritos que nos habitam sentiram-se confiantes ao seu lado , em todos os momentos,durante essa sua historica caminhada pelos tracados e pelo resgate de nossa historia.
Obrigado por tao gentil insercao ao meu nome.Somos o reflexo de sua atitude como pessoa.
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 8:28:00 PM
Lafayette disse...
...e eu agradeço aos que você agradeceu, pois, pelo que entendi foram eles que possibilitaram e/ou facilitaram esta caminhada que nos proporcionou relatos e visualizações (mentais) deste no chão-de-cada-dia.
Parabéns pra eles!
Pra você, feliz retorno e já com o pensamento para o próximo (que será de jipe para desbravarmos e anotarmos o não foi possível).
Quarta-feira, Janeiro 30, 2008 5:59:00 PM
Lafayette disse...
"A caminhomete superaquece. Temos que parar de vez em quando para esfriar o motor."
Larga estes carros, Alencar. Andando não tem esse problema! ;-)
É a maior imbecilidade matar cobra. Ela realmente não faz mal algum. Pelo contrário, equilibram com sua dieta comendo sapo, roedores e outras "cositas mas".
Eu já quase capotei tentando desviar de uma indo pra salinas. Não consegui!
Sábado, Janeiro 26, 2008 5:34:00 PM
Anônimo disse...
Verdade, Lafa.
Quando superaquece é só parar, alongar, tomar uns goles de água, descansar um pouco e seguir viagem.
Hoje, bem na curva da Moema, encontrei mais uma jibóia atropelada. Um filhote de uns quarenta centímetros. Olhei rapidamente e parecia um cordão. Fui conferir, era uma jiboinha, quase mumificada pelo sol.
Também tenho muito cuidado. Não mato nem imbuá. Mas tive que esmagar algumas mutucas. Era elas ou eu, amigo.
Abraços do
Alencar
Sábado, Janeiro 26, 2008 8:41:00 PM
Lafayette disse...
Pra mutuca não castigar é só caminhar flutuando uns metro e meio do chão, mas, aí, se conseguires, começo a minha caminhada Estrada de Ferroa Bragança-Belém amanhã!!!
Domingo, Janeiro 27, 2008 9:47:00 AM
JOSÉ DE ALENCAR disse...
Lafa, meu caro amigo.
Gorayeb, o maior especialista em mutucas do mundo - isso mesmo, camarada - deu a explicação em um comentário.
Espero que ele compreenda esses mutucucídios que pratiquei em legítima defesa.
Domingo, Janeiro 27, 2008 4:52:00 PM
RAULVENTURA disse...
Alencar :
Parabens pela caminhada
E apenas para colaborar com as informacoes sobre o tracado original da ferrovia dentro da area urbana de Belem , os registros imformam que alem do ramal que iniciava em uma estacao localizada na Trav. 16 de novembro com a Almte Tamandare ( onde hoje localiza-se o Hotel de transito do Exercito ) e tinha como trajeto a 16 de novembro , Praça Amazonas , Rua dos Jurunas ( hoje Roberto Camelier ) , Mundurucus , Passagem do Horto , Gentil até a estacao de Sao Braz existia outro ramal que partia do entroncamento sobre o leito da atual Pedro Alvares Cabral chegando aos armazens do cais do Porto .
Inclusive ,em alguns mapas antigos de Belem a atual Pedro Alvares Cabral era chamada de Rua do Trilho.
Segunda-feira, Janeiro 28, 2008 9:11:00 AM
José Carlos Lima disse...
Alencar,
Esse ultimo post foi uma provocação para os ambientalistas. A morte de igarapés foram inclusive responsável pela polêmica sobre a divisa dos municípios de Belém e Ananindeua. O caos urbano, o lixo não reciclável, os carros que tomam conta de tudo e nos dominam, tudo isso nos faz de fato refletir sobre o que chamamos de civilização.
Parabéns pela caminhada e pelos registros.
Segunda-feira, Janeiro 28, 2008 10:24:00 PM
JOSÉ DE ALENCAR disse...
Muito obrigado, Raul, pelo comentário e pelas informações.
Cheguei a ver os trilhos da Pedro Álvares Cabral que ligavam a Estação de São Brás com o porto. Flávio Nassar vai me mostrar mapas antigos que registram esse traçado pelo Jurunas, que se ligava ao pátio de manobras por trás do Colégio Augusto Meira. Esse traçado deixou marcar na malha urbana de Belém e isso é objeto da tese de doutorado do Homobono.
Muito obrigado, caríssimo José Carlos.
Acho que nós todos - verdes mais que todos - devemos fazer um esforço grande para defender nossos igarapés, não só por se tratar de parte de um recurso natural importantíssimo neste milênio, a água, mas também pela vertente cultural que eles representam. Igarapés fazem parte da nossa mais profunda identidade cultural. Quando perdemos um igarapé, perdemos duplamente.
Estou convencido que o caminho passa pelos comitês hidrográficos, que simplesmente não vingaram na maior bacia hidrográfica do planeta. Vai ver que por isso mesmo.
Conte comigo para essa luta.
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 11:31:00 AM
Anônimo disse...
Alencar
Lí , completamente emocionado com o lirismo do teu texto quase fotográfico e entristecido pois junto com os trilhos enterrou-se o tal do futuro que teimou em não vir pra esse país tão lindo e cheio de sapos que morrem inocentes nas estradas e dos outros não tão inocentes que insistem não morrer na política.
Abraços
Tadeu
Alencar,
Fui este final de semana para Araraquara e cruzei 300 km de canaviais e laranjais , cutrales e usinas de açucar ,me lembrei , claro ,do teu texto.Que inveja
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 3:51:00 PM
JOSÉ DE ALENCAR disse...
Muito obrigado, Tadeu.
Emoção é ler comentário como esse seu, que traduzo assim: vale a pena viver para sentí-la.
Essa retribuição é adicional, para além da própria viagem, no tempo e no espaço.
Sinceramente, recompensa-me provocar esse tipo de comentário.
Por ele fico sabendo que sempre é possível sensibilizar pessoas em defesa da vida.
Muito obrigado, de todo o coração.
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 6:21:00 PM
Anônimo disse...
Alencar ,
Quem agradece sou eu , já havia me encantado com as descrições precisas e poéticas do Perito Moreno , Ushuaia e Patagonia.
O teu texto honra o nome .
Agora essa caminhada é poesia pura , faça disso um livro , algo a gente possa ter do lado , reler de vez em quando e mesmo quem sabe mostrar logo , logo pros meus pequenos Antonio e Francisco "olha filho isso é o buritizal que o Alencar descreve , aqui passava a ferrovia , este é o igarapé ....", já que em breve quero mostrar a terra natal da vovó Elsa (ela que é amiga da Teresinha mãe do Torquato-uma vez te perguntei algo sobre o teu sobrenome sobre o Julio , não sei se vc lembra)pra eles e teu texto há de ser o guia na nossa aventura.
Um grande abraço
Tadeu
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 7:13:00 PM
Anônimo disse...
Carissimo Alencar,enquanto tu andas eu leio, re leio, volto a ler.Nao canso.Nao sou tuas pernas.Nada me cansa nessa viagem magica das tuas linhas.
Nada me cansa ao ver a paisagem da EFB pelos vagoes dos teus olhos e da tua imaginacao e com isso me fazeres tambem, uma testemunha dessa historia.
Quando eu for ao Brasil, gostaria de te dar um abraco.
Aventurosamente ,
Romolo Sampaio
www.eco-logic-systems.com
San Diego, California USA
romolosampaio@yahoo.com
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 7:36:00 PM
JOSÉ DE ALENCAR disse...
Recebam, Tadeu e Romolo, um emocionado e gratíssimo abraço pelas mensagens e pela companhia que me fizeram nestes dias.
Que venho o abraço real, Romolo, na tua vinda ao Brasil.
Quinta-2 comentários:
Romolo Sao Payo disse...
Tenho certeza que os espiritos que nos habitam sentiram-se confiantes ao seu lado , em todos os momentos,durante essa sua historica caminhada pelos tracados e pelo resgate de nossa historia.
Obrigado por tao gentil insercao ao meu nome.Somos o reflexo de sua atitude como pessoa.
Terça-feira, Janeiro 29, 2008 8:28:00 PM
Lafayette disse...
...e eu agradeço aos que você agradeceu, pois, pelo que entendi foram eles que possibilitaram e/ou facilitaram esta caminhada que nos proporcionou relatos e visualizações (mentais) deste no chão-de-cada-dia.
Parabéns pra eles!
Pra você, feliz retorno e já com o pensamento para o próximo (que será de jipe para desbravarmos e anotarmos o não foi possível).
Quarta-feira, Janeiro 30, 2008 5:59:00 PM
Comentários
Valeu a inserção
Agora queria saber com o Lafayette e com o Gorayeb se eles já conseguiram caminhar a 1,5 m do chão.
Tentei esse fim de semana em Araraquara tudo que conseguí foi arrebentar os dois joelhos como estou indo pro Rio pro carnaval , vou tentar de novo e com os aditivos momescos acho que vou conseguir , o diabo é que não tem mutuca no Rio.
Quando entrei na Ufpa em Engenharia química em 74 tinha um amigo de Geologia chamado Gorayeb , acho que Paulo , deve ser da família.
Abraços
Tadeu
Esse negócio de caminhar a 1,5 m do chão é coisa para jipeiro e mutucólogo, mas não para químico.
Acho que com eles acontece o mesmo que sucede com aquele besouro da Física: pelas leis da Física, o besourão não pode voar. Mas como ele não entende nada de Física, simplesmente bate as asas e voa.
Anos atrás assisti um sujeito voar no Sambódromo, com uma engenhoca trazida dos Isteites.
Se você descobrir outro método, patenteie imediatamente (acho que i INPfica perto do Sambódromo).c
Bom Carnaval, amigo.
Carne vale.
semelokertes marchimundui