Ferrovia
Aimberê Freitas é um amazonista nascido e criado em Boa Vista - RR.
Sua formação inicial em medicina veterinária não indicava minimamente o rumo que tomaria depois dela, fazendo mestrado em Administração Pública pela FVG (em Desenvolvimento Urbano) e, agora, doutorado em Engenharia de Transportes, pela Coppe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em Roraima ele é um coringa da administração pública municipal e estadual, tendo sido Prefeito de Boa Vista, Chefe da Casa Civil, Secretário de Agricultura e de Promoção Social. Ele também representou a sociedade civil de Roraima no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social - CDES da Presidência da República.
Sua tese de doutorado tem muito interesse para o Pará (para desenvolver o tema ele esteve aqui no Pará e entrevistou diversas autoridades e especialistas, cujas informações foram usadas para construir cenários alternativos). É que ele propõe uma alternativa ferroviária para ligar Manaus a Georgetown, com um ramal para atender a logística da bauxita produzida em Oriximina pela Mineração Rio do Norte.
A notícia abaixo foi publicada na Folha de Boa Vista de hoje, cuja transcrição é uma homenagem a Aimberê Freitas, a quem sou unido por laços familiares (é casado com minha prima Darci Alencar) e de estima pessoal e intelectual.
12/10/2009 09h34
Lançado livro sobre alternativa ferroviária
Foto: Charles Bispo
Aimberê Freitas é o autor do livro “Ferrovia, alternativa de transporte para a Amazônia Ocidental”
O doutor em engenharia de transporte Aimberê Freitas lança seu mais novo livro, intitulado como “Ferrovia, alternativa de transporte para a Amazônia Ocidental”. A publicação estará, a partir de amanhã, nas livrarias e em algumas bancas e farmácias da cidade.
A tiragem inicial é de mil exemplares. A viabilização para a publicação do livro foi feita pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores e a editoria e organização partiu do Instituto Aimberê Freitas.
A publicação em 304 páginas impressas contempla a tese de doutorado realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante os últimos cinco anos, pelo também sociólogo de Boa Vista. No livro está demonstrada a viabilidade técnica e econômica de uma ferrovia ligando o Amazonas à Guiana.
Conforme a sinopse do livro, “No planejamento de transporte da porção Ocidental Norte da Amazônia, envolvendo uma parte do Amazonas e de todo Roraima na fronteira com a Guiana, o modal ferroviário desponta como a melhor alternativa uma vez que encurta caminho, economiza tempo e contribui significativamente com a ecologia”.
Aimberê declara que a obra é resultado de uma pesquisa fundamentada em que foram aplicados questionários a 389 especialistas espalhados pelo Brasil. “Eles deram sinal de positivo para esse estudo, que levantou indicadores de futuro aos próximos 25 anos”, conta.
Em defesa de seu estudo, Aimberê afirma que a ferrovia diminuiria o tempo gasto no transporte de mercadorias feito para a América do Norte, Ásia e Europa, hoje feito pelo Oceano Atlântico. Apesar do alto custo para se construir uma ferrovia, ele defende que ela é um meio que não agride o meio ambiente e evita a entrada das pessoas na mata, como ocorre com as rodovias.
“Esse é um projeto revolucionário e inovador. O controle por parte do governo e órgãos ambientais se tornaria mais eficaz porque as pessoas parariam apenas nas estações, além de a coordenação saber quem embarcou e desembarcou na ferrovia. Os ecologistas imputam à rodovia a causa do desmatamento porque possibilita que o agricultor entre e explore a mata de forma ilegal”, discorreu Aimberê.
O estudo do pesquisador reúne dados que demonstram a viabilidade econômica do transporte ferroviário para atender quatro polos de interesse maior: o Distrito Industrial, em Manaus; o Noroeste do Pará, onde se produz bauxita em grande quantidade; Roraima, produtor de grãos, como soja, arroz e milho; além da Guiana, que produz e exporta arroz, açúcar e bauxita.
Freitas explicou que um navio gasta entre 8 e 10 dias de viagem de Georgetown a Manaus. A ferrovia iria reduzir esse tempo a, no máximo, um dia e meio. A ferrovia faria o percurso de 1.308 km a uma velocidade mínima de 20 km/h. Da Guiana, seguiria por via fluvial à Ásia ou à costa oeste americana.
“São 30 milhões de toneladas por ano que fazem o transporte fluvial nos dois sentidos, entre Manaus e Guiana, sendo que um terço desse valor, ou seja, 10 milhões de toneladas, já viabilizariam economicamente a estrada”.
A tiragem inicial é de mil exemplares. A viabilização para a publicação do livro foi feita pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores e a editoria e organização partiu do Instituto Aimberê Freitas.
A publicação em 304 páginas impressas contempla a tese de doutorado realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante os últimos cinco anos, pelo também sociólogo de Boa Vista. No livro está demonstrada a viabilidade técnica e econômica de uma ferrovia ligando o Amazonas à Guiana.
Conforme a sinopse do livro, “No planejamento de transporte da porção Ocidental Norte da Amazônia, envolvendo uma parte do Amazonas e de todo Roraima na fronteira com a Guiana, o modal ferroviário desponta como a melhor alternativa uma vez que encurta caminho, economiza tempo e contribui significativamente com a ecologia”.
Aimberê declara que a obra é resultado de uma pesquisa fundamentada em que foram aplicados questionários a 389 especialistas espalhados pelo Brasil. “Eles deram sinal de positivo para esse estudo, que levantou indicadores de futuro aos próximos 25 anos”, conta.
Em defesa de seu estudo, Aimberê afirma que a ferrovia diminuiria o tempo gasto no transporte de mercadorias feito para a América do Norte, Ásia e Europa, hoje feito pelo Oceano Atlântico. Apesar do alto custo para se construir uma ferrovia, ele defende que ela é um meio que não agride o meio ambiente e evita a entrada das pessoas na mata, como ocorre com as rodovias.
“Esse é um projeto revolucionário e inovador. O controle por parte do governo e órgãos ambientais se tornaria mais eficaz porque as pessoas parariam apenas nas estações, além de a coordenação saber quem embarcou e desembarcou na ferrovia. Os ecologistas imputam à rodovia a causa do desmatamento porque possibilita que o agricultor entre e explore a mata de forma ilegal”, discorreu Aimberê.
O estudo do pesquisador reúne dados que demonstram a viabilidade econômica do transporte ferroviário para atender quatro polos de interesse maior: o Distrito Industrial, em Manaus; o Noroeste do Pará, onde se produz bauxita em grande quantidade; Roraima, produtor de grãos, como soja, arroz e milho; além da Guiana, que produz e exporta arroz, açúcar e bauxita.
Freitas explicou que um navio gasta entre 8 e 10 dias de viagem de Georgetown a Manaus. A ferrovia iria reduzir esse tempo a, no máximo, um dia e meio. A ferrovia faria o percurso de 1.308 km a uma velocidade mínima de 20 km/h. Da Guiana, seguiria por via fluvial à Ásia ou à costa oeste americana.
“São 30 milhões de toneladas por ano que fazem o transporte fluvial nos dois sentidos, entre Manaus e Guiana, sendo que um terço desse valor, ou seja, 10 milhões de toneladas, já viabilizariam economicamente a estrada”.
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Aimbere