Jabuti na Forquilha
Nelsinho Motta é conhecido demais e dispensa apresentações. No mundo da música, bem entendido. Crítico, produtor, criador - inclusive das Frenéticas - compositor, diretor de gravadora, cronista, escritor, apresentador e o escambau ilustrado. Manja de tudo.
Mas, sinceramente, não sabia que ele também manjava de direito do trabalho.
Fiquei sabendo domingo, ao ler seu artigo publicado em O Globo.
Claro que ele ciscou fora de seu terreiro. E foi mal.
Falou do movimento Direito Achado na Rua, surgido em Brasília por inspiração de Roberto Lyra Filho e pelas mãos de seu discípulo José Geraldo de Sousa Júnior. Os juízes do trabalho, majoritariamente - e rotineiramente - não precisam recorrer a essa vertente, pela simples razão de que já fazem uso de um direito que é, por princípio, protetor do trabalhador, que a doutrina e a jurisprudência desde todo e sempre reconhecem como o lado mais fraco na relação de trabalho. O direito do trabalho trata desigualmente os desiguais - desempregados e desempregadores, via de regra - e os juízes operam o direito do trabalho tal como ele é. Nelsinho não manja disso.
Deveria ser perdoado, porque não sabe o que diz.
Meu Deus do céu, que palpite infeliz.
Mas esse palpite infeliz de Nelsinho é um jabuti na forquilha. E que forquilha.
Está lá porque alguém colocou. E por uma razão que o colocador sabe. Mas não só ele. Quem é do ramo ou mais atilado pouquinha coisa sabe que isso tem um custo. Ou um preço. A ser cobrado e pago. Em credibilidade inclusive. E aqui no Pará tem um nome bem regional.
Comentários
Vc. percebeu tudo, como sempre, Caríssimo Alencar!
Un grande abraço das Minas Gerais
pepe
Pensando bem, é melhor que ele tenha escrito o que escreveu.
como comentastes sobre um icone carioca, te aviso q tô morando na cidade maravilhosa, qdo estiver por aqui em suas andanças naum esqueça de me visitar, colo de família é sempre bem-vindo!!!
abço
léa
Puxa, que legal que você está morando aí.
Vamos passar a Semana Santa aí. Ficaremos em Copacabana, se possível mais para Posto 6 do que para o Leme (gosto de Copacabana mas arrastando sempre uma asa para Ipanema).
Vamos marcar um encontro.