No Caminho de Santiago de Compostela

A partir de domingo próximo, dia 1º de abril de 2007, este Blog vai ser atualizado, sempre que possível, a partir do Caminho de Santiago de Compostela, que vou fazer a pé. Se tiver ânimo e condições físicas, chegarei a Finisterre, no fim da Terra plana da Antiguidade. Serão mais de 800 km.

Usarei a chamada Rota Francesa, que na sua versão moderna começa em Saint-Jean-de-Pied-de-Port, nos Pirineus franceses.

Mas essa é a mesma rota milenar dos peregrinos e, também, das legiões romanas, carolíngias e napoleônicas, que por aí entravam na Península Ibérica (e batiam em retirada). Muitas vanguardas culturais - e ideológicas - entravam também por essa Rota.

A Rota Francesa - paralela ao litoral, no Norte da Espanha - foi a fronteira física e ideológica que dividia o Islã ibérico do mundo cristão. Foi o limite extremo onde chegou o Islã.

Diz a lenda que em uma das batalhas o próprio Santo Tiago apareceu montado em um corcel e distribuiu bordoadas a torto e a direito, ajudando os cristãos a vencer os mouros.

Depois de um largo período de decadência, o Caminho está mais vivo do que nunca. Impressionado com essa vitalidade, vou conhecê-lo in situ, por motivos não religiosos, místicos ou esotéricos, mas com muito respeito pelos milhares que o fazem por tais motivos.

Seguirei os passos de Guy Veloso 14 anos atrás, documentado no livro Via Láctea: Pelos Caminhos de Santiago de Compostela, que já está na terceira edição, pela Tempo d'Imagens.

Ultreya!