Noticias do Caminho - de Sarria a Gonzar

12 de maio de 2010, quarta-feira - Saio cedo do albergue e na recepçao encontro Nicholas que me dá água mineral e iogurte. Meu amigo já está passando na porte e seguimos juntos rua acima. Vencemos a esrada de ferro e uma das últimas florestas autóctones do Caminho. Carvalhos nao deixam dúvidas. Dois hectares de carvalhais deixam claro a liçao que temos de aprender com os europeus. Nao podemos destruir nossas florestas. Uma hora de caminhada e estou em Barbadelo. Mais alguns minutos e estou em Brea. Nove horas da manha estou no km 100, um ponto mágico. Peco para Nichholas, peregrino canadense, me fotografar ao lado do marco. Retribuimos a gentileza. Poucos sabem deste marco escondido. Mais adiante há um outro marco, todo rabiscado. Agora estou cada vez mais perto de Santiago. Cem quilômetros.
Ferreiros, As Rozas, Mercadoiro.
Onze horas estou em Vilachá. Os topônimos em galego me deixam com uma sensaçao diferente. É como se estivesse em casa.
Meio-dia estou em Portomarin, na represa do Minho, antes dele seguir para Portugal. Paro aqui como fia em 2007 e reponho as forñas com um bocadillo de jamon, com a represa vista ao largo. Reconfortado, sigo mais duas horas, oito quilômetros mais adiante, rumo a Gonzar, como em 2007. Foram 30 km como em 2007, com Araceli.
O albergue da Xunta continua o mesmo. Elisa atende com a delicadesa e fidalguia de sempre.
Encaro um menu do peregrino no bar ao lado e me deito para acordar só amanha.
As peregrinas que passaram por mim hoje cedo estao com os tornozelos e os joelhos precisando de cuidados. Justo elas que gostam de coisas rapidas. Ajudo com alcool de romero e fico o resto da tarde acompanhando a algaravia multicultural que é este albergue de Gonzar.
Amanha Melide é meu destino.

Comentários

Postagens mais visitadas