Notìcias de Lima (2)

Estou em Miraflores, o bairro granfino de Lima. O restaurante do hotel fica na casa em que vivia o ex-Presidente Belaunde Terry. É uma casona colonial. No ladrilho junto do bar ainda tem a marca de um atentado a bomba do Sendero Luminoso. E nas paredes muitos quadros da escola cusquenha. A uma quadra daqui fica a Embaixada do Brasil, que ocupa quase metade de um quarteirao, na Av. José Pardo. É um prédio um tanto quanto soturno.

Nos tempos bravos - anos oitenta - Miraflores ficou um tanto quanto decadente. Nao era incomum encontrar dejetos humanos nas calcadas e o cheiro de urina incomava o caminhante. Mais ou menos como em algumas ruas de Belém (sim, há disso em Belém, mas só quem caminha pela cidade percebe).

Agora Miraflores volta a fazer jus ao nome. Os jardins e parques estao bem cuidados e tem mesmo muitas flores para ver. A Municipalid mantém um bom policiamento (ciudadano, por supuesto). A coleta do lixo é razoável (pelo menos nao tem aqueles monturos de lixo que conhecemos bem). A Praca Kennedy, a alma de Miraflores, foi revitalizada. No anfiteatro ontem a noite tinha musica mecanica e casais de todas as idades dancando salsa. Os restaurante e bares estao lotados (parece que nao tem crise). O eixo Praca Kennedy-Larco está se tornando uma espécie de Zona Rosa limenha, com restaurantes, danceterias e bares temáticos (inclusive um cubano) e barulhentos. No El Parquetito tem comida peruana de boa qualidade (experimentei ontem o chupe de pescado, um caldo de peixe bem temperado, e humitas rellenas de manjar blanco, uma pamonhazinha com doce de leite, e gostei).
Hoje de manha cedo fui visitar Huaca Pucllana, a piramide de adobe que fica aqui em Miraflores, bem perto do hotel.
Mas esse já é tema para outro post, porque está na hora de ir para Juliaca e daí para Puno.

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